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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nutrição pode contribuir para bom funcionamento da tireóide

Achei o texto muito interessante por isso estou compartilhando.
Tenho vários pacientes com hipotiroidismo subclínico que após a retirada de metais tóxicos, dieta e suplementação a tireóide fica com seu funcionamento ótimo.

"A tireóide é uma glândula que desempenha um importante papel no funcionamento do organismo. Da rapidez com que seu coração bate à como eficazmente você queima calorias, esta glândula regula todos os aspectos de seu metabolismo, pela liberação dos hormônios - T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).

E quando a tireóide desacelera - problema conhecido como hipotireoidismo - todo o corpo fica preguiçoso. Com a diminuição no metabolismo geral, há uma verdadeira pane e, ainda, a tendência a engordar aumenta.

Alguns Sintomas do Hipotireoidismo:

Fadiga está entre as queixas mais comuns dos pacientes com baixa função da tireóide. Além disso, ganho de peso, alterações de humor, pele seca, unhas e cabelos quebradiços, problemas de memória, constipação, infertilidade e doenças cardíacas.

Como é feito o Diagnóstico?

Normalmente os médicos avaliam a função da tireóide utilizando exames de sangue que medem o nível do hormônio estimulante da tireóide (TSH) e do hormônio T4. Em geral, os pacientes com altos níveis de TSH e baixos de T4 são considerados como tendo hipotireoidismo. O tratamento é feito por meio de reposição hormonal.

Algumas pessoas cujos níveis hormonais não cairam dentro dos limites clínicos, também se queixam dos sintomas. O hipotireoidismo subclínico pode representar uma falência inicial da glândula tireóide. Marcado por níveis normais de T3 e T4, mas, maior do que o normal de TSH, ele afeta cerca de 10% dos norte-americanos, de acordo com a American Thyroid Association.

Fique de olho no prato!

Nos casos subclínicos, a alimentação pode ser extremamente benéfica para melhora dos sintomas. E quando a doença é confirmada, a dieta correta também ajuda o organismo a assimilar o medicamento! À falta de minerais como selênio, zinco e iodo pode atrapalhar o bom funcionamento da tireóide, que precisa deles para trabalhar direito.

• Oleaginosas (castanhas, nozes): ricas em selênio, mineral importante, pois atua na homeostase da glândula tireóide. Estudos apontam que a deficiência de selênio resulta em baixos níveis plasmáticos de T3;

• Frutos do mar, semente de abóbora, gergelim e leguminosas como feijões e lentilha: contém boas quantidades de zinco, importante para o metabolismo dos hormônios tireoidianos;

• Algas marinhas (spirulina, chorella, agar agar, nori, etc.) são fontes de iodo, q9ue é indispensável para que a glândula tireóide possa sintetizar e liberar na circulação os seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4);

• As vitaminas A, C e E são excelentes antioxidantes que auxiliam na proteção contra as doenças cardíacas, que podem ter o risco aumentado nos casos de hipotireoidismo. Podem ser encontradas na cenoura, acerola e óleos vegetais respectivamente, ou, ainda, em cápsulas;

• Peixes, óleos de peixe e linhaça são ricos em ômega-3, tipo de gordura insaturada que protege o cérebro e o coração;

• Vitaminas do complexo B (B1, B6, B12 e ácido fólico) ajudam a prevenir problemas cognitivos e de humor que, muitas vezes, acompanham a disfunção da tireóide.

Outra questão relevante é o excesso de metais tóxicos como chumbo, mercúrio e cádmio, que atrapalham o metabolismo da glândula. Nos quadros subclínicos, há a melhora dos sintomas só com a eliminação dos metais tóxicos e a suplementação dos minerais que estão em falta!

Dica da nutricionista: como cada indivíduo pode ter uma carência específica e, de diferentes minerais, o ideal é fazer exames que identifiquem qual é a deficiência, para uma reposição adequada.

O glúten também deve ser evitado. Estudos têm feito associação entre ele e o desenvolvimento de doenças auto-imunes como a tireoidite de Hashimoto!

Mexa-se!

Só porque sua tireóide é lenta não significa que você tem que ser. Atividade física regular pode melhorar o humor, a função cardíaca, e, ainda, acelerar o metabolismo. Mas comece devagar, já que o desequilíbrio da tireóide pode afetar o funcionamento normal do coração. Por isso, é importante ter o acompanhamento de um profissional, para escolher o tipo de exercício mais adequado.

No Stress...

O estresse crônico pode piorar a função da tireóide. É comum pacientes que já experimentaram traumas emocionais como divórcio ou perda de emprego, apresentarem baixa função na tireóide. Para ajudar a acalmar-se e aliviar a ansiedade, técnicas de relaxamento como a meditação podem ajudar".

Fonte: Flavia Figueiredo – nutricionista da rede Mundo Verde.

sábado, 27 de agosto de 2011

Diminua o contato com as toxinas ambientais no seu dia!

Evite o uso de embalagens de plástico na cozinha quando possível, pois esta embalagem exige muita energia para a sua produção e há risco de migração de substâncias tóxicas para os alimentos. Prefira as embalagens de vidro, pois além de serem mais ecológicas, diminuem o contato do organismo com toxinas ambientais.


Dica retirada do site: vponline.com.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Benefícios do Magnésio

O magnésio está envolvido em muitas reações enzimáticas, pois sua principal função está associada à ativação de inúmeras enzimas. De acordo com o Institute of Medicine (IOM), a ingestão dietética recomendada (RDA) de magnésio é de 400 mg para homens com idade maior ou igual a 19 anos e 310 mg para mulheres, também com idade superior a 19 anos. A deficiência de magnésio é relativamente comum no Brasil em função da população consumir uma dieta rica em alimentos industrializados e pobre em alimentos in natura que são importantes fontes desse mineral.

As principais fontes de magnésio são: aveia, arroz integral, tofu, milho, lentilhas, oleaginosas com destaque para pistache, avelãs e amêndoas, vegetais folhosos verdes escuros e semente de abóbora.

Magnésio x Depressão, Insônia e Hiperatividade

O magnésio é um mineral fundamental para a formação de serotonina, neurotransmissor relacionado à sensação de prazer, bem estar e regularização do sono. Na deficiência de magnésio é muito comum ocorrer alterações de humor levando a quadros de ansiedade, irritabilidade, nervosismo, hiperatividade e insônia. Além disso, a queda da produção de serotonina pode contribuir para um quadro de depressão.

Magnésio x Osteoporose

O magnésio é necessário à formação óssea, a deficiência deste nutriente é encontrada com freqüência em indivíduos com osteoporose. A deficiência de magnésio está relacionada à formação óssea inadequada, colaborando com a perda da massa óssea.

Magnésio x Doenças Cardiovasculares

O magnésio desempenha papel fundamental na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, pois atua inibindo a agregação plaquetária e promovendo relaxamento dos vasos sanguíneos, o que facilita o controle da pressão arterial.

Magnésio x Hipertensão Arterial

O magnésio participa da formação do óxido nítrico que apresenta ação vasodilatadora, promovendo diminuição da pressão arterial. A deficiência deste mineral reduz a ativação do óxido nítrico, o que conseqüentemente pode provocar aumento na pressão arterial.

O zumbido ininterrupto no ouvido também é um sintoma muito comum em hipertensos, pois o aumento da pressão arterial faz com que o fluxo sanguíneo se modifique provocando zumbido.

Magnésio x Diabetes Mellitus

A deficiência de magnésio está relacionada ao aumento da resistência periférica à ação da insulina, o que compromete o metabolismo da glicose.

Magnésio x Envelhecimento

A deficiência de magnésio leva a uma diminuição da multiplicação de células, o que está relacionado ao envelhecimento precoce.

Magnésio x Contração Muscular

O magnésio está relacionado não só a contração muscular no exercício físico, mas também a contração que envolve vários órgãos como o coração. Se a contração não ocorrer de forma adequada o funcionamento do órgão também será afetado negativamente.

A deficiência de magnésio também afeta a parte neuromuscular, um sintoma clássico de deficiência de magnésio é o tremor nos olhos. O formigamento exacerbado é resultado de déficit de magnésio e de vitaminas do complexo B.

Magnésio x Tensão Pré-Menstrual

Estudos apontam que a suplementação de magnésio, que normalmente é deficiente em mulheres com TPM, melhora sensivelmente o humor e os sintomas desagradáveis deste período.

Fonte: Thais Souza
Nutricionista da Rede Mundo Verde

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Os malefícios que o açúcar causa à pele

Matéria bem legal que fala sobre os prejuízos do açúcar para a pele! Nas minhas prescrições já estou usando os nutracêuticos com propriedades antiglicantes e deglicantes. Como funcionam: as moléculas de açúcares presentes em nossa pele aderem às fibras de colágeno e elastina. Estes açúcares criam pontes rígidas entre as fibras, aos quais chamamos Aging Glycation End Products (A.G.E.s.). A formação dos A.G.E.s está associada às alterações na estrutura e na função de proteínas como o colágeno e a elastina, e o acúmulo dos mesmos causam a perda de elasticidade e o aparecimento de rugas.

"Aquele pedaço de pudim ou o tradicional cafezinho com açúcar após o almoço podem ser agentes que contribuem para o envelhecimento precoce. Por isso, o último meeting de dermatologia realizado em Miami, discutiu sobre a glicação (ligação das proteínas ao açúcar do corpo humano) e apresentou ativos que podem combater esse mal.
Certamente, grande parte de população já ouviu falar que algumas causas do envelhecimento precoce podem acontecer devido à exposição sem proteção aos raios ultravioleta, poluição, stress, tabagismo etc. No entanto, a ingestão de alguns alimentos como o açúcar e outros carboidratos também podem ser considerados grandes vilões para a beleza, contribuindo efetivamente para o envelhecimento e flacidez da pele, dos cabelos e das unhas, além de outras doenças que o produto pode causar ou agravar.

Diante da importância do tema, o 68º Encontro Anual da Academia Americana de Dermatologia, realizado recentemente nos Estados Unidos, debateu maciçamente, com a presença dos principais dermatologistas e estudiosos do mundo, uma forma de combater a glicação no organismo, ou seja, impedir a ligação das proteínas ao açúcar do corpo humano que, juntos, podem causar a formação de A.G.Es (Advanced Glycation End Products), que são moléculas que proporcionam danos às células da elastina e do colágeno que, por consequência, causam o envelhecimento.

De acordo com o Prof. Maurício Pupo, Diretor da IPUPO CONSULT, consultoria especializada no desenvolvimento de nutricosméticos para o mercado brasileiro, ingerir uma colher de açúcar é o mesmo que consumir milhares de pés de cana-de-açúcar. Por isso, recomenda Pupo, é imprescindível moderar no consumo desse alimento"

texto retirado do site: http://www.chacaradeorganicos.com.br/tag/envelhecimento-precoce

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Firmicutes e bacteriodetes


No Congresso Internacional de Nutrição Funcional ano passado foi falado sobre os firmicutes e os bacteriodetes, bactérias intestinais ligadas ao aumento de peso corporal. Essa teoria demonstra a importânia de termos um intestino saudável rico em bactérias probióticas para manter o peso saudável.

Abaixo um texto interessante do médico Wilson Randó Jr.

"Firmicutes e bacteriodetes atuam no processo digestivo de alguns animais e já criaram fama por conta de uma nova teoria que tenta ligá-las à obesidade. Para os pesquisadores, quando estão em desequilíbrio, havendo predominância das firmicutes, é certo que haverá aumento de peso.

A razão é simples: as firmicutes podem converter carboidratos complexos, que usualmente não digerimos, em açúcares simples como a glicose. Com isso, o alimento que eliminaríamos sem ser digerido é absorvido e utilizado para gerar mais gordura.

A teoria foi testada em cobaias - um grupo com bactérias intestinais normais, outro sem firmicutes. Os ratinhos submeteram-se a dieta rica em gordura e açúcares e os resultados surpreenderam: os pequenos roedores sem firmicutes permaneceram esbeltos. Conclusão óbvia: as firmicutes ajudam a elaborar um excesso de calorias que irá se depositar como gordura.

É esperar para ver A supressão de bactérias intestinais “engordativas” poderia ser uma arma contra a crescente onda de obesidade, mas ainda não sabemos os efeitos colaterais que surgiriam. Até alguém decifrar com segurança vantagens e riscos de novos métodos, esse é o modo inteligente de emagrecer com saúde: dieta adequada ao tipo metabólico, menor ingestão de carboidratos de maneira geral, limitar gorduras e fazer exercícios. Se você já está ligado, vá em frente. É receita de saúde".

domingo, 7 de agosto de 2011

EFEITO DOS ADOÇANTES ARTIFICIAIS NO PESO CORPORAL

No dia 11/05/11, o site UOL Notícias publicou, no setor Ciências e Saúde, a matéria “Refrigerantes com zero caloria não ajudam a emagrecer”, na qual demonstrou que os refrigerantes adoçados com adoçantes artificiais não favorecem a saciedade e ainda podem aumentar o consumo alimentar no indivíduo, contribuindo para o aumento de peso. A matéria ainda afirma que o aumento do peso corporal pode ocorrer devido a mecanismos biológicos, que envolvem, além da diminuição da saciedade, costume do paladar e maior absorção de nutrientes na digestão, e a fatores psicológicos, de compensação de calorias não ingeridas pelos adoçantes, aumentando o consumo de outros alimentos.

De fato, a literatura comprova a maior parte dessas afirmações por meio de estudos englobando a administração de adoçantes artificiais, tanto em ratos quanto em indivíduos. O fator mais observado na maioria dos estudos é a direta relação entre aumento de peso e o consumo de adoçantes artificiais, tanto inserido em bebidas quanto em alimentos semissólidos, como o iogurte. Tal relação pode também ser observada em estudos populacionais americanos, onde observamos que o aumento do consumo de adoçantes artificiais coincide com o aumento do número de indivíduos obesos (IMC > 30).

De acordo com a literatura, a principal razão para a ocorrência do aumento de peso seria um aumento na ingestão de alimentos, mas ainda não se sabe ao certo como isto ocorre. Algumas hipóteses tem sido levantadas e uma delas seria que os adoçantes artificiais promoveriam este aumento através da falha na diminuição da atividade do hipotálamo (centro da fome no cérebro) e da baixa ativação do sistema dopaminérgico mesolímbico, reponsável pela sensação de satisfação, após a ingestão de algum alimento. Assim, a falta da saciedade, juntamente com a constante estimulação da fome, manteria o comportamento por procura de alimento no indivíduo, aumentando sua ingestão alimentar.

Outra hipótese estaria relacionada com a desregulação da ativação da fase cefálica da digestão. Normalmente, quando ingerimos um alimento com açúcar, o sabor doce deste promove a ativação do que chamamos de fase cefálica da digestão, que consta na preparação do corpo para a chegada de tal alimento, incluindo tanto a liberação de enzimas e outras substâncias que participam da digestão quanto a regulação energética corpórea. No entanto, o alto consumo de adoçantes artificiais em preparações não calóricas (ex: refrigerantes, café, e outras bebidas) promoveria uma desregulação na capacidade do sabor doce de ativar tal fase cefálica, resultando em um prejuízo da regulação energética, principalmente quando forem consumidos alimentos doces e calóricos, e levando a um aumento da ingestão calórica.

Os tipos de adoçantes que foram mais correlacionados com este efeito no aumento de peso são a sacarina sódica e o acessulfame de potássio. Em relação à estévia, os resultados são controversos, já que há poucos estudos realizados a fim de certificar tal efeito; em um estudo, os autores afirmam que não há relação entre o consumo de estévia antes da refeição e o aumento de consumo de alimentos durante a mesma. Porém, em outro estudo, observa-se que a estévia tem efeito similar ao da sacarina no aumento de peso. Já para o aspartame, foi observado um interessante resultado: uma vez encapsulado e administrado em adultos saudáveis, não foi observado um ganho de peso. Porém, se administrado na forma de pó, onde os indivíduos conseguem sentir o sabor doce, há um aumento considerável no peso corporal, por meio do aumento da fome e da ingestão de alimentos. Isto, talvez, fundamente as hipóteses citadas acima, já que ambas são acionadas a partir da sensação do sabor doce.

Alguns estudos ainda observaram que tanto a falta de saciedade quanto a desregulação da fase cefálica, provocados pelos adoçantes artificias, se prolongam por certo tempo após a retirada do adoçante da dieta do indivíduo. Isto mostra que tais alterações metabólicas, promovidas pelo alto consumo de adoçantes, não são dependentes da presença dos mesmos para se manterem e, também, não se sabe quanto tempo o corpo leva para reverter tal situação.

A partir da literatura revisada, podemos então afirmar que a escolha de bebidas e preparações adoçadas com açúcar é melhor do que as adoçadas com adoçantes artificiais? Não. O açúcar é um alimento altamente calórico e que não possui quase nenhum nutriente, podendo seu excesso gerar uma série de doenças. Além disso, alguns estudos verificam a hipótese de que o açúcar apresenta um potencial viciante, já que ao ser ingerido desencadeia uma série de alterações neuroquímicas no corpo, similares à administação de drogas, como morfina, que promovem a liberação de opioides e dopaminas, as quais levam ao vício.

E qual seria a solução para tal impasse? Reduzir a utilização de açúcares e adoçantes artificiais em bebidas, bem como a ingestão de bebidas industrializadas já adoçadas. Tal medida visaria modificar os costumes do indivíduo a fim de diminuir a preferência deste por alimentos e bebidas altamente doces. Como substituto ao açúcar, bem como aos adoçantes, o mel tem sido cotado como melhor opção. Estudos que o compararam com o açúcar, observaram que ele promove um menor ganho de peso, diminuição na taxa sanguínea de triglicérides e, ainda, diminui a adiposidade. Desta forma, através da reeducação alimentar, pode-se reduzir o consumo de alimentos adoçados e optar por soluções mais saudáveis no momento de substituir o açúcar ou adoçante, evitando um possível ganho de peso e contribuindo para uma melhora na qualidade de vida e na saúde da população.

texto retirado do site: www.vponline.com.br

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O que é sensibilidade ao glúten?



A sensibilidade ao glúten consiste em uma condição clínica em que os indivíduos apresentam alguns sinais e sintomas após a ingestão de alimentos que contenham glúten, como dor abdominal, fadiga (sintoma muito frequente), dores de cabeça, dentre outros.

Diferentemente da doença celíaca e da alergia ao trigo, a sensibilidade ao glúten não envolve mecanismos alérgicos ou autoimunes, por isso seus sintomas são menos graves. Na sensibilidade ao glúten, os pacientes são incapazes de tolerar o glúten e desenvolvem uma reação adversa que normalmente não leva a danos no intestino delgado. Além disso, os indivíduos podem apresentar melhora significativa com a exclusão do glúten da dieta. O glúten está presente em alimentos como trigo, aveia, centeio, cevada e malte.

Normalmente, o diagnóstico é feito por exclusão: com a retirada e reintrodução monitorada dos alimentos que contêm glúten. Assim, primeiramente são descartadas as hipóteses de doença celíaca, alergia ao trigo, diabetes tipo 1, doenças inflamatórias intestinais e infecção por Helicobacter pylori. Posteriormente, relaciona-se que os sintomas foram desencadeados pela exposição ao glúten e aliviados por sua exclusão.

O estudo de Sapone e colaboradores buscou compreender as semelhanças e diferenças entre a doença celíaca e a sensibilidade ao glúten. Os autores avaliaram a expressão de genes humanos associados com a função de barreira intestinal, bem como a imunidade inata e adaptativa nessas duas condições clínicas. Os pesquisadores observaram que a doença celíaca e a sensibilidade ao glúten são condições clínicas distintas causadas por diferentes respostas da mucosa intestinal ao glúten.

Esta pesquisa mostrou também que a doença celíaca é uma condição mais complexa, em que ocorre interação entre o aumento da permeabilidade intestinal, lesão da mucosa, fatores ambientais associados com exposição ao glúten e predisposição genética. As lesões típicas intestinais da doença celíaca são mediadas por vias efetoras da resposta imune inata e adaptativa. De maneira diferente, a sensibilidade ao glúten está associada com ativação predominante da resposta imune inata, com ausência de alterações detectáveis ​​na função de barreira da mucosa intestinal.

texto retirado do site nutritotal.com.br