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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

domingo, 13 de maio de 2012

AÇÚCAR- O ASSASINO SILENCIOSO


Actualmente temos uma nação de viciados em açúcar. O consumo de açúcar refinado subiu exponencialmente nas últimas décadas, e estima-se que se cifre em qualquer coisa como 10 quilos anuais por pessoa mais outro tanto em xarope frutose. Para piorar o horror destes factos há pessoas que não usam nada doce ou que consomem muitíssimo pouco açúcar, o que significa que há uma percentagem da população que consome anualmente mais açúcares do que o seu próprio peso. O corpo humano não consegue tolerar estas quantidades astronómicas de hidratos de carbono refinados. Os órgãos vitais são lesados pelo enorme consume destes açúcares.
O açúcar refinado não contém fibra, minerais, proteínas, gordura, ou enzimas, apenas calorias vazias… O que é que acontece quando ingerimos um hidrato de carbono refinado como o açúcar? O nosso corpo tem de deitar a mão a nutrientes vitais de células saudáveis para metabolizar este alimento incompleto. Cálcio, sódio, potássio e magnésio são retirados de diversas partes do corpo para podermos fazer uso do açúcar. Muitas vezes, é usado tanto cálcio para neutralizar os efeitos do açúcar que os ossos tornam-se osteoporóticos devido à espoliação de cálcio. Da mesma forma, os dentes são afectados e perdem os seus componentes até ocorrer a cárie e a consequente perda dos dentes.
O açúcar refinado é vazio de nutrientes, consequentemente causa a depleção dos stocks de várias vitaminas, minerais e enzimas. Se o consume de açúcar persiste então causa uma condição conhecida como acidose metabólica crónica de baixo grau, pelo que são necessários mais minerais para a compensar. Se o organismo ficar exaurido destes nutrientes, então não conseguirá ver-se livre dos resíduos tóxicos oriundos do açúcar. Estes acumulam-se no cérebro e no sistema nervoso, o que acelera a morte celular. A corrente sanguínea fica cheia destes desperdícios e aparecem sintomas de intoxicação. O açúcar também torna o sangue grosso e pegajoso, dificultando o fluxo sanguíneo e o suprimento vital às gengivas e aos dentes, bem como à pele.
Os malefícios mais notórios dos açúcares – com especial culpa para a frutose – situam-se ao nível do cérebro (a doença da Alzheimer é conhecida como a 3ª forma de diabetes), do sistema cardiovascular e obesidade da qual a diabetes e o sindroma metabólico são os expoentes. A frutose é a grande culpada da epidemia de obesidade, diabetes, doença cardíaca e fígado gordo. Frutose e álcool são praticamente idênticos, excepção feita ao estado de agitação provocado por este último. De resto, os seus efeitos nocivos são idênticos. Certamente que não passa pela cabeça de nenhum dos meus leitores dar uma cerveja aos seus filhotes. Então porque é que dão tão facilmente uma lata de refrigerante – Coca-Cola incluída? E não pensem que os sumos de fruta naturais, porque são caseiros ou porque vêm da fruta são bons. Não são, têm a mesma tendência para causar os efeitos supra descritos. Se Deus quisesse que bebêssemos sumo de frutos não teria criado a fruta, mas sim pacotes tetra pack


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Consumo de peixe está associado com prevenção de câncer colorretal

Metanálise publicada pela revista The American Journal of Medicine concluiu que o consumo de peixe pode reduzir o risco de câncer colorretal em 12%.

Os pesquisadores reuniram estudos científicos relevantes que avaliaram a ingestão de consumo de peixe e risco de câncer colorretal. Segundo os autores, para ser incluído na metanálise, os seguintes critérios foram estabelecidos: (1) o estudo deveria ser do tipo caso-controle ou de coorte; (2) estudos que tenham avaliado o consumo de peixe fresco; (3) o número de casos de câncer colorretal e controles deveriam estar bem esclarecidos; (4) análise estatística bem realizada.

Foram identificados 46 artigos potencialmente relevantes sobre o consumo de peixes e câncer colorretal, dos quais 22 estudos de coorte e 19 estudos caso-controle preencheram os critérios de inclusão. O consumo de peixes diminuiu o risco de câncer colorretal em 12% (razão de chances [OR]: 0,88; intervalo de confiança [IC] de 95%: 0,80-0,95). Os pesquisadores também analisaram o câncer de cólon e reto separadamente. A associação inversa foi significativa entre a ingestão de peixes e câncer retal (OR=0,79; IC 95%: 0,65-0,97), e houve uma tendência modesta entre o consumo de peixes e câncer de cólon (OR: 0,96; IC 95%: 0,81-1,14).

Os estudos analisados variaram em relação às quantidades estabelecidas do consumo de peixe. O estudo de Kojima et al, 2004, avaliou 57 mulheres e comparou o consumo de 0-2 vezes/semana com 3-7/semana, em que encontraram menor chance de desenvolver câncer retal com o maior consumo (OR: 0,9). O Estudo de Norat et al, 2005, avaliou 1329 indivíduos de 10 países europeus, comparando o consumo de <10g/dia versus ≥80g/dia, em que o maior consumo foi inversamente associado com chance de desenvolver câncer colorretal (OR:0,69, IC 95%: 0,54-0,88). No estudo de Spencer et al, 2010, que avaliou 579 indivíduos do Reino Unido, a comparação foi entre o consumo de <1g/dia versus ≥30g/dia, em que foi também associado com menor chance de câncer colorretal (OR: 0,86; IC 95% 0,64-1,16).

“Como todos as metanálises, esta também apresenta algumas limitações em relação à qualidade e heterogeneidade dos dados publicados. Primeiro, os métodos de preparo e as unidades de consumo de peixe variou entre os estudos. Além disso, em alguns estudos, o volume definitivo do consumo de peixe não foi claramente definido, e nestes casos, apenas as categorias menor ou maior consumo foram relatados. Apesar de configurar 'peixe fresco', como um dos critérios incluído nesta metanálise, na tentativa de evitar esses fatores de confusão como 'óleo de peixe', 'peixe salgado' ou 'peixe frito', não podemos determinar exatamente o tipo de peixe ou a maneira em que o peixe foi preparado”, destacam os autores.

“Apesar desses fatores, nossos resultados sugerem que o consumo de peixe está inversamente associado ao câncer colorretal. No entanto, os resultados demonstrados devem ser mais investigados e confirmados em grandes estudos clínicos randomizados”, concluem.


fonte: http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/index.php?acao=bu&id=550