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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Propriedades nutricionais da Geléia Real




A geléia real é uma substância produzida pelas abelhas operárias, em minha prática clínica uso muito em mulheres na menopausa para ajudar a regular os hormônios, mas ela possui inúmeros outros benefícios para nossa saúde como redução do colesterol, redução da pressão arterial, antioxidante, antitumoral, etc.

Abaixo um texto sobre alguns artigos sobre a geléia real:

Texto escrito por Rita de Cássia Borges de Castro
Data: 18/04/2014


"A geleia real é uma substância produzida pelas glândulas hipofaríngeas e mandibulares de abelhas operárias (Apis mellifera) entre o sexto e o décimo segundo dias de vida e é um alimento essencial para o desenvolvimento das abelhas rainha. É uma substância complexa que contém uma combinação de proteínas (12-15%), carboidrato (10-12%), lipídios (3-7%), aminoácidos livres, vitaminas e minerais. Além disso, contém diversos compostos bioativos, sendo o ácido 10-Hidróxi-2-decenoico (10-HDA), um ácido graxo, característico da geleia real.

Estudos in vitro e in vivo têm demonstrado que a geleia real possui propriedades benéficas para promover a saúde humana, como a capacidade de regular a pressão arterial, anti-hipercolesterolêmica, anti-inflamatória, antitumoral, antioxidante, modular hormônios sexuais e da composição corporal. Além disso, alguns estudos sugerem que a geleia real exerce efeitos benéficos sobre o metabolismo energético, com potencial efeito termogênico, e inibição da atividade da enzima lipase pancreática que, consequentemente, reduz a absorção de gorduras.

Pourmoradian e colaboradores realizaram um estudo clínico duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, com 50 mulheres diabéticas com sobrepeso. Os pesquisadores forneceram 1000 mg de geleia real liofilizada em cápsulas, uma vez por dia após o almoço durante 8 semanas. Após as 8 semanas de suplementação houve redução significativa de peso corporal e aumento de massa corporal magra. Outro estudo demonstrou que a geleia real em jovens jogadores de futebol levou a um aumento significativo da massa muscular e diminuição significativa da massa de gordura após 8 semanas de suplementação.

Morita e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, com 61 voluntários saudáveis ​​com idades entre 42 a 83 anos. Os participantes foram aleatoriamente divididos em dois grupos: grupo geleia real (n = 31) e um grupo controle (n = 30). Os indivíduos do grupo geleia real receberam 3000 mg de geleia real diariamente durante 6 meses. Os pesquisadores observaram que após os seis meses de suplementação houve melhora da tolerância à glicose, saúde mental e eritropoiese (formação de eritrócitos).

Entretanto, a prescrição da suplementação de geleia real deve ser criteriosa e com base em avaliação minuciosa do paciente, pois existem relatos na literatura de que indivíduos sensíveis aos seus componentes podem apresentar reações alérgicas significativas, incluindo asma e anafilaxia (reação alérgica sistêmica)".

Bibliografia:

Pourmoradian S, Mahdavi R, Mobasseri M, Faramarzi E, Mobasseri M. Effects of royal jelly supplementation on glycemic control and oxidative stress factors in type 2 diabetic female: a randomized clinical trial. Chin J Integr Med. 2014 Mar 7.

Morita H, Ikeda T, Kajita K, Fujioka K, Mori I, Okada H, Uno Y, Ishizuka T. Effect of royal jelly ingestion for six months on healthy volunteers. Nutr J. 2012;11:77.

Guo H, Saiga A, Sato M, Miyazawa I, Shibata M, Takahata Y, Morimatsu F. Royal jelly supplementation improves lipoprotein metabolism in humans. J Nutr Sci Vitaminol. 2007;53(4):345-8.

Mishima S, Suzuki KM, Isohama Y, Kuratsu N, Araki Y, Inoue M, Miyata T. Royal jelly has estrogenic effects in vitro and in vivo. J Ethnopharmacol. 2005;101(1-3):215-20.

Miyata T. Pharmacological basis of traditional medicines and health supplements as curatives. J Pharmacol Sci. 2007;103(2):127-31





 
 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Suplementação de probiótico reduz inflamação de pacientes com artrite reumatoide


 
Não me imagino trabalhando sem essas bactérias amigas!!  Muito interessante este estudo que usou o L. casei em pacientes com Artrite Reumatóide e observaram redução das dores e marcador inflamatório!!
 
"Estudo publicado na revista International Journal of Rheumatic Diseases demonstrou que a suplementação de probiótico pode ser considerada uma terapia adjuvante para pacientes com artrite reumatoide (AR), por reduzir a inflamação e ajudar a aliviar os sintomas.

O estudo foi do tipo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo. Foram avaliados pacientes do sexo feminino com AR estabelecida há mais de um ano, com idade entre 20 e 80 anos e índice de massa corporal (IMC) inferior a 40 kg/m2.

As pacientes foram distribuídas aleatoriamente em 2 grupos: o primeiro (n=22), que recebeu uma cápsula contendo 108 unidades formadoras de colônias (UFC) de Lactobacillus casei (L. casei), diariamente durante 8 semanas; o segundo (n=24), que recebeu placebo, também diariamente e durante 8 semanas. As participantes do estudo foram avaliadas no início e no final do estudo. Para avaliar a atividade da doença os pesquisadores utilizaram o índice DAS28 (do inglês, disease activity score 28), que incluem variáveis como a contagem de articulações doloridas e inchadas, uma escala visual feita pelo paciente para avaliação da atividade da doença, e a proteína C reativa (PCR), como uma medida da inflamação. Os pesquisadores utilizaram também, para classificação da AR, os critérios estabelecidos pela Liga Europeia contra o Reumatismo (EULAR - do inglês, European League Against Rheumatism) de 2010.

Após as 8 semanas de suplementação com L. casei houve diminuição dos níveis séricos de Proteína C Reativa de Alta Sensibilidade (hs-CRP), redução de articulações doloridas e inchadas, com consequente redução na pontuação do índice DAS28 (p<0 a="" agentes="" alfa="" anti-inflamat="" aumento="" br="" como="" de="" do="" e="" estudo="" fator="" final="" foi="" inflamat="" interleucina-10="" interleucina-12="" marcador="" necrose="" no="" o="" observada="" p="" pr="" redu="" ria="" rios="" significativa="" tumoral-alfa="">
Além disso, as pacientes do grupo L. casei apresentaram melhor resposta ao tratamento, com base nos critérios EULAR (p< 0,01) e nenhum efeito adverso foi relatado com a suplementação.

“O uso do probiótico L. casei já foi relatado em estudos in vitro e in vivo, por regular o sistema imunológico, promover de maneira eficaz a redução de biomarcadores inflamatórios e promover a melhora da artrite reumatoide. Neste estudo clínico, o uso do L. casei mostrou ser seguro e potencialmente benéfico em pacientes com artrite reumatoide. Entretanto, mais estudos clínicos são necessários para confirmar estes resultados”, concluem os autores".

Texto escrito por: Rita de Cássia Borges de Castro 
Data: 04/04/2014
Retirado do site: www.nutrital.com.br
 

terça-feira, 1 de abril de 2014

As unhas podem sinalizar deficiências e alterações nutricionais?


Sim. Uma inspeção minuciosa das unhas através do exame físico ou micológico, esse último realizado a partir do recorte das unhas, podem revelar deficiências ou alterações nutricionais relacionados ao ferro, selênio e zinco, além de sinalizar quadros de hipoalbuminemia e desnutrição.

Estudos demonstram que a deficiência de ferro, hipoalbuminemia e a desnutrição podem ser identificadas pelo aspecto das unhas, que podem ser classificadas como coiloníquias, Muehrcke e de Terry’s.

As unhas normais não apresentam manchas ou colorações atípicas, mas se as unhas apresentarem enfraquecimento pode estar relacionada a síndrome das unhas fragéis (SUF). Essa síndrome ocorre comumente em 20% das mulheres e pode ser ocasionada pela deficiência da biotina e vitamina E. Se além do enfraquecimento, as unhas também estiverem associadas a uma forma irregular, como de colher, e em alguns casos linhas tranversais, (características denominada coiloníquia) podem estar associadas com a deficiência de ferro.

O estado de desnutrição e⁄ou de hipoalbuminêmia pode ser sinalizado pela leitura das unhas de Muehrcke, caracterizada pelos pares de linhas brancas transversais que se estendem por todo o caminho da unha, mas que desaparecem quando há uma compressão. No entanto, uma vez que o estado nutricional é recuperado estes sinais desaparecem. As unhas de Terry’s estão associadas à desnutrição e outras comorbidades, tendo como característica a maior parte da unha esbranquiçada com a aparência de vidro em todas as unhas uniformemente.
Pesquisadores afirmam que a análise dos recortes das unhas demonstra ser um ótimo biomarcador para os níveis séricos de selênio e zinco, mas são impossíveis de se identificar apenas pela leitura das unhas.

Portanto, as unhas podem auxiliar na avaliação nutricional desde que associada a outros métodos, a fim de se obter um melhor diagnóstico do estado nutricional.  


Bibliografia (s)

Tully AS, Trayes KP, Studdiford JS. Evaluation of nail abnormalities. Am Fam Physician. 2012 Apr 15;85(8):779-87.

Fawcett RS, Linford S, Stulberg DL. Nail abnormalities: clues to systemic disease. Am Fam Physician. 2004 Mar 15;69(6):1417-24.

Tosti A, Iorizzo M, Piraccini BM, Starace M. The nail in systemic diseases. Dermatol Clin. 2006 Jul; 24(3):341-7.

Park K, Rimm EB, Siscovick DS, Spiegelman D, Manson JE, Morris JS, Hu FB, Mozaffarian D. Toenail selenium and incidence of type 2 diabetes in U.S. men and women.Diabetes Care. 2012 Jul;35(7):1544-51.

Gonzalez A, Peters U, Lampe JW, Satia JA, White E. Correlates of toenail zinc in a free-living U.S. population. Ann Epidemiol. 2008 Jan;18(1):74-7.

Holzberg M, Walker HK. Terry's nails: revised definition and new correlations. Lancet. 1984 Apr 21;1(8382):896-9.

Costa IMC, Nogueira LS, Garcia PS. Síndrome das unhas frágeis. An. Bras. Dermatol. vol.82 no.3 Rio de Janeiro May/June 2007.

Texto escrito por: Lidivânia Nascimento
Retirado do site: www.nutritotal.com.br