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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Consumo precoce de glúten por bebês pode aumentar a probabilidade de problemas de constipação

Os resultados de um estudo publicado no início deste mês (Março/2010) por pesquisadores holandeses no American Journal of Gastroenterology, uma das revistas científicas mais conceituadas na área de gastroenterologia, sugerem que a introdução de gluten na dieta de bebês com 6 meses ou menos de idade aumenta significativamente o risco de prisão de ventre (ou ‘constipação funcional’) na criança, pelo menos até os dois anos de idade.

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O glúten é uma proteína presente no trigo, cevada e centeio, e assim onipresente na dieta ocidental. Além disso, para os portadores da doença celíaca (uma condição caracterizada por uma intolerância permante ao glúten em pessoas geneticamente predipostas) a ingestão de glúten é responsável pela inflamação crônica e danificação da mucosa intestinal em função da reação auto-imune que ele desencadeia, levando à má-absorção de nutrientes e outros problemas derivados como por exemplo a osteoporose, anemia e fadiga. Estudos recentes hipotetisam que o glúten possa também ser responsável pela presença de sintomas gastrointestinais mesmo na ausência da doença celíaca.

Neste novo estudo, o objetivo dos pesquisadores holandeses, coordenados pelo Dr. Kiefte-de Jong do Erasmus Medical Center (Holanda), era determinar se o glúten poderia de alguma forma também estar relacionado à constipação em bebês e crianças, uma das causas frequentes de visitas aos pediatras, principalmente na época em que se inicia a introdução de alimentos sólidos na dieta do bebê, bem como quando ocorre a transição do leite materno ou fórmula para o leite de vaca.

Para responder à esta pergunta, os pesquisadores analisaram os dados de mais de 4600 crianças. Os pais destas crianças completaram um questionário - envolvendo várias questões sobre a saúde da criança, amamentação, introdução de alimentos sólidos, medicamentos, presença de alergia à leite de vaca, dentre outras informações – em dois momentos do desenvolvimento de seus filhos: quando os bebês estavam com 6 meses e quando tinham 24 meses. A presença de constipação foi analisada como correspondendo à uma frequência de evacuação de menos de 3 vezes por semana e/ou presença de fezes endurecidas durante duas semanas ou mais.

Aos dois anos de idade, 12% das crianças, ou seja, aproximadamente 1 criança em cada 8, já tinham apresentado sintomas característicos de constipação. Após analisar características familiares e das dietas das crianças, o Dr. Kiefte-de Jong e seus colaboradores verificaram que a introdução do glúten na dieta precocemente foi o fator desencadeador da constipação em diversos casos: dentre as crianças que consumiram glúten precocemente (com 6 meses de idade ou menos), a probabilidade de terem sofrido episódios longos de constipação intestinal foi significativamente maior do que dentre aquelas que não consumiram glúten até os 6 meses de idade. Os resultados também não se alteraram quando os pesquisadores controlaram, na análise, os efeitos de fatores como o sexo da criança, peso no nascimento, tempo de gestação, nível de instrução da mãe, tabagismo pela mãe e origem étnica da criança.

Ainda assim, os autores do estudo ressaltam que é preciso considerar que a pesquisa não é isenta de problemas, dentre os quais a utilização de questionários respondidos pelos próprios pais sobre a presença de alergias alimentares (ao invés do diagnóstico independente), e a falta de informação sobre características do estilo de vida das famílias. Neste sentido, ainda são necessárias pesquisas adicionais antes de que se possa recomendar rotineiramente o adiamento da introdução do glúten na dieta dos bebês.

Fonte: Kiefte-de Jong JC, Escher JC, Arends LR, Jaddoe VW, Hofman A, Raat H, Moll HA. 2010 Infant Nutritional Factors and Functional Constipation in Childhood: The Generation R Study. Am J Gastroenterol. [Epub ahead of print]

Biscotinhos Crocantes sem Glúten e sem Leite


Ingredientes

90g de açúcar
60g de farinha de arroz
80g de polvilho doce
100g de amido de milho
60g de côco ralado em pacote (de preferência para o que vem úmido)
160g de creme vegetal (margarina, sem leite)
15g de fermento em pó
20 gotas de baunilha
Preparo


Juntar todos os ingredientes numa tigela. Misturar um pouco com uma colher e depois misturar com a mão. Amassar até formar uma massa úmida e macia.

Abrir a massa aos poucos com as mãos ou com o auxílio de um rolo. Usar cortadores para cortar a massa. Pode também modelar com as mãos em bolinhas ou meias-luas.

Observações Importantes

Se modelar ou cortar em pequenos formatos, deixar no forno somente por 7 ou 8 minutos. Caso faça meias-luas ou bolinhas simples ou achatadas, deixar no forno por 15 ou 17 minutos.
Nos pequenos e mais finos formatos, o cozimento se processa mais rápido e nos maiores e mais espessos, o processo é mais lento.
A massa é delicada e cortar com cortadores muito grandes pode quebrar.
Se a forma for de teflon, não é necessário untá-la. Outro tipo de forma deve ser untada levemente com margarina e enfarinhada com farinha de arroz.
O forno deve ser previamente aquecido em temperatura de 250graus por 10 minutos e quando colocar os biscoitinhos, abaixe para 180graus.
Mantenha um relógio de cozinha ligado para anunciar o tempo de conclusão do cozimento. Caso verifique que ainda está branco embaixo, deixe mais um ou dois minutos. Vai depender do forno de cada pessoa.
O biscoito deve ficar levemente dourado por baixo e branquinho por cima
Retire da forma somente quando estiverem mornos para não quebrarem. Guardar em lata ou vidro bem fechado para não amolecer.

fonte:http://www.vidasemglutenealergias.com/biscotinhos-crocantes-sem-gluten-e-sem-leite/1395/

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Depressão e Alimentos


Você sabia que a alegria e a tristeza também têm sua origem bioquímica no laboratório que carregamos dentro de nós? Através da "Nutrição Inteligente" podemos dar uma "mãozinha" nessa bioquímica.
Alguns alimentos fornecem nutrientes e substâncias que participam da produção dos neurotransmissores, mensageiros químicos que favorecem a comunicação entre as células do Sistema Nervoso.

Veja a seguir que alimentos você pode incluir no seu dia-a-dia e assim ajudar a espantar a depressão.

Triptofano e Carboidratos

Dos vários neurotransmissores, a serotonina exerce grande influência no estado de humor. Ela é também conhecida como a substância "mágica" e "sedativa" que melhora o humor de um modo geral, principalmente em pessoas com depressão.

Os níveis cerebrais de serotonina são dependentes da ingestão de alimentos fontes de triptofano (aminoácido precursor da serotonina) e de carboidratos.

A ingestão de carboidratos leva ao aumento nos níveis de insulina, que auxiliam na "limpeza" dos aminoácidos circulantes no sangue. Nessa limpeza de aminoácidos só escapa o triptofano na barreira hemato-encefálica.

O triptofano, uma vez no cérebro, aumenta a produção de serotonina que é o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, diminuir o apetite, relaxar e até induzir e melhorar o sono.

Uma alimentação pobre em carboidratos, por vários dias, pode levar a alterações de humor e depressão, assim como uma alimentação com excesso de proteínas.

O caminho é o equilíbrio! Nem de menos, nem de mais.

Fontes de triptofano: queijo branco, nozes, banana, arroz, batata, feijão, lentilha, castanhas, abacate, soja e derivados. Alguns carboidratos como pães e cereais integrais, biscoitos integrais, massas integrais, arroz integral e selvagem, legumes, frutas e mel.


Folato anti-deprê


O Folato ou ácido fólico é uma potente vitamina antidepressiva natural.

Em baixas concentrações no organismo, diminui os níveis cerebrais de serotonina.

Fontes de Folato: espinafre, feijão branco, laranja, aspargo, couve de Bruxelas, maçã e soja.


Vitamina B6 com prazer

Faz parte de uma enzima "chave" que participa da produção dos neurotransmissores norepinefrina e serotonina e conseqüentemente melhora o humor.

Fontes de B6: frango, atum, banana, cereais integrais, levedo de cerveja, arroz integral, cará, alho e sementes de gergelim.



O Cálcio nosso de cada dia

Diariamente o cálcio deve fazer parte do cardápio de homens e mulheres e assim garantir ossos e dentes saudáveis e ainda de "quebra" doses extras de bom humor!

Os estudos mostraram que esse importante mineral ajuda a controlar e reduzir a irritabilidade e o nervosismo em mulheres que sofrem de TPM (tensão pré-menstrual). Participa da transmissão de impulsos nervosos e contrações musculares. Regulariza a pressão arterial e os batimentos cardíacos.
Fonte: gergelim, brócolis, soja, couve, repolho

Magnésio, o grande colaborador do Cálcio

Além de ser colaborador do Cálcio, o Magnésio está também envolvido na regulação dos níveis de serotonina.

Participa da produção de energia, da contração muscular, da manutenção da função cardíaca normal e da transmissão dos impulsos nervosos.

Fontes de Magnésio: tofu, soja, caju, tomate, salmão, espinafre, aveia, arroz integral.



Selênio, um mineral magistral

Segundo os pesquisadores, tudo indica que o selênio tem uma grande participação no estado de humor. Pessoas que tem carência de selênio são mais depressivas, irritadas e ansiosas.

Fontes de selênio: castanha do Pará, nozes, amêndoas, atum, semente de girassol, trigo integral, peixes. (2 castanhas do Pará, diariamente, fornecem 200 microgramas de Selênio de forma segura).



Ômega-3, uma gordura do Bem

Os estudos clínicos vem mostrando que os ácidos graxos ômega-3 além de proteger o coração e as artérias, auxiliar na redução do colesterol, manter estáveis os níveis da pressão arterial, fortalecer o sistema imunológico, podem ainda auxiliar nos tratamentos contra depressão. Pessoas que receberam doses de ômega-3 apresentaram melhora nos sintomas de depressão.

Fontes de ômega-3: salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha, truta, óleos de peixe e sementes de linhaça.



Pimenta, uma medida picante

As pesquisas científicas constataram que o uso da pimenta vermelha, durante às refeições, proporciona ação no Sistema Nervoso Simpático com respectivo aumento da liberação de noradrenalina e adrenalina, ambos responsáveis pelo estado de alerta e melhora de ânimo em pessoas deprimidas.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Saiba quais alimentos podem causar dor de cabeça e enxaqueca





Dores de cabeça constantes não são uma doença, mas sim um sintoma de que há um problema orgânico que necessita de investigação.


Dor de cabeça e enxaqueca - "De uma maneira geral, os alimentos tidos como "culpados" são: leite e seus derivados, milho, frutas oleaginosas em especial a castanha de caju, produtos à base de soja (leite, tofu, molho de soja), trigo, frutas cítricas, maçã, alimentos fermentados com leveduras, batata, tomate, berinjela, pimentão e pimenta"


Dor de cabeça é definida como a presença de sensação dolorosa na cabeça, pescoço e face. As cefaleias, nome científico dado às dores de cabeça, podem ser primárias (causadas por distúrbios bioquímicos no próprio cérebro) ou secundárias (causadas por problemas em qualquer região do corpo como problemas dos olhos, ouvidos, garganta), totalizando mais de 150 tipos diferentes.

O cérebro não possui receptores para dor, mas as veias cerebrais e as meninges podem sentir dor e isso produz a cefaleia.

As cefaleias mais intensas e incapacitantes chamam-se enxaquecas, caracterizadas por dor aguda que dura de 4 a 72 horas, normalmente de um só lado da cabeça associada a náuseas, vômitos, sensibilidade aumentada à luz e a ruídos e em algumas pessoas aura visual. Ocorrem duas fases distintas na enxaqueca, sendo a primeira de vasoconstrição das veias cerebrais devido à liberação de serotonina pelas plaquetas, seguidas de uma **vasodilatação de rebote, o que causa justamente a dor. Sabe-se que a tiramina e a feniletilamina são algumas das substâncias responsáveis por essa síntese de serotonina aumentada.

Embora as cefaleias anteriormente citadas sejam entidades diferentes, elas guardam alguma semelhança no que diz respeito às inúmeras causas: estresse (50% dos casos), ansiedade, depressão, distúrbio de sono, exercício e trabalhos excessivos. Podem ser ainda causadas por sinusites, infecção auditiva, abscesso dentário, disfunção têmporo-mandibular, tensão muscular, má digestão, hipoglicemia, constipação, hipotireoidismo e tensão pré-menstrual (60-70% dos casos de enxaqueca em mulheres está relacionado ao ciclo menstrual podendo ser pré-menstruais ou menstruais).

A disbiose, ou desequilíbrio da flora intestinal pode ser, indiretamente, causa de enxaqueca. Quando a flora intestinal fica desbalanceada pode ocorrer crescimento excessivo de fungos que normalmente são habitantes naturais do intestino. Um exemplo comum de fungos que todos conhecem é a cândida, que ao estar presente em grande numero, produz toxinas que são absorvidas pela circulação e podem causar dores de cabeça além de sobrecarregarem o fígado. Nesse contexto, se faz necessário otimizar o equilíbrio da microbiota intestinal com o uso de lactobacilus na forma de sachês ou cápsulas.

Quanto mais toxinas são produzidas no intestino, maior é a irritação do mesmo predispondo as pessoas ao desenvolvimento de processos de alergia/intolerância alimentar. Hoje sabe-se que a cefaleia e enxaqueca podem ser um sintoma delas. A alergia alimentar pode ser um fator contribuinte para a enxaqueca de até 80% dos indivíduos, por isso uma avaliação criteriosa deve ser feita a fim de se identificar o(s) alimento(s) mais envolvido(s) na etiologia (causa) da enxaqueca de cada indivíduo.

Alimentos que podem causar enxaqueca

Saiba agora quais alimentos podem provocar alergias alimentares e como consequência a dor de cabeça ou enxaqueca.

De uma maneira geral, os alimentos tidos como "culpados" são: leite e seus derivados, milho, frutas oleaginosas em especial a castanha de caju, produtos à base de soja (leite, tofu, molho de soja), trigo, frutas cítricas, maçã, alimentos fermentados com leveduras, batata, tomate, berinjela, pimentão e pimenta.

Outras substâncias envolvidas na enxaqueca são aditivos alimentares ou naturais presentes nos alimentos: os nitratos (salsichas, salame, presunto), o ácido benzóico (utilizado em geleias, frutas desidratadas, margarinas), a tartrazina (corante amarelo), o glutamato monossódico (presente em muitos produtos industrializados), o aspartame, o metabissulfito (preservativo), e as aminas vasoativas feniletilamina (encontrada no chocolate ou álcool) e a tiramina.

Os alimentos contendo tiramina são responsáveis por 15% dos casos de enxaqueca, portanto, indivíduos com enxaqueca devem evitar o seu consumo caso tenham observado piora dos seus sintomas quando ingerem queijos envelhecidos, banana, ameixa vermelha, abacate, berinjela, tomate, vinagre, bebidas fermentadas como a cerveja, o vinho e a champagne. Evitando o consumo desses alimentos, pode-se experimentar uma completa melhora do quadro sem uso de medicação.

Chá preto ou verde, assim como bebidas contendo cafeína podem ser iniciadores de enxaqueca também, uma vez que ocorre vasodilatação como um efeito rebote da vasoconstrição que provocam ao serem tomados. Alguns estudos apontam a alta ingestão de cafeína como sendo responsável por intensificar os casos de cefaleia, perpetuar o seu ciclo e ainda provocar um aumento temporário nos níveis pressóricos.

Uma vez que a maior parte das cefaleias tem um componente de estresse e de hipersensibilidade alimentar associada, indicam-se os seguintes nutrientes com atividade benéfica: vitamina C, bioflavonóides, complexo B (com ênfase no ácido pantotênico), cálcio e magnésio.

Vários estudos já verificaram concentrações baixas de magnésio no cérebro e em outros tecidos em pacientes com enxaqueca, indicando a necessidade de suplementação. Uma das funções mais importantes do magnésio é a de manter o tônus das veias. Com a finalidade de recuperar a integridade da barreira intestinal, pode ser útil suplementar L-glutamina, e nutrientes como ácido fólico, zinco, selênio, vitamina A e E. O manganês também tem sua indicação no tratamento das cefaleias, uma vez que inibe a degranulação dos mastócitos, agindo como um anti-histamínico natural, ou seja, uma substância que tem potencial de reduzir os sintomas alergicos. Alguns estudos atuais também apontam para a utilização dos ácidos graxos Omega 3, gorduras essenciais para redução da frequência e intensidade das enxaquecas. A suplementação deve ser mantida por mais de três semanas, uma vez que é o tempo necessário para haver modificação da membrana que reveste as celulas com novos ácidos graxos.

* Aura é uma sensação que algumas pessoas sentem antes da dor propriamente se manifestar como se fosse um prenúncio e envolve: distúrbios visuais do tipo cegueira parcial, visão de pontos luminosos semelhantes a lanterninhas, vagalumes ou "flashes". Existem enxaquecas com ou sem aura.

**A vasodilataçao de rebote ocorre após a vasoconstrição. A vasoconstrição é o estreitamento dos vasos fruto da liberação de histamina e depois o vaso tende a voltar ao seu tamanho original por mecanismo de vasodilataçao (dilatação das veias) logo após o estreitamento da mesma e isso que provoca a dor.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nosso sangue não pode ser ácido

Quando falamos de saúde física – prevenção, manutenção e revitalização -, equilíbrio emocional e inteligência plural, única proposta verdadeira para desfrutarmos ao máximo a nossa condição humana, é necessário que tenhamos consciência de que, verdadeiramente, tudo isso depende essencialmente da qualidade de vida de nossas células que, por sua vez, depende do equilíbrio ácido-base dos líquidos que se encontram dentro e fora delas.
No mundo da química as substâncias, quando dissolvidas em meio aquoso, classificam-se como ácidas ou alcalinas.

Substâncias ou meios ácidos são aqueles com excesso de carga positiva, e alcalinos são aqueles com excesso de carga negativa. Para simplificar, nós químicos, usamos uma unidade de medida desta acidez ou alcalinidade que chamamos de "pH". Assim, existe uma escala de pHs que varia de zero a 14, onde:
pH = zero -> indica o máximo de acidez ou carga positiva;
pH = 7,00 -> indica a neutralidade;
pH = 14 -> significa o máximo de alcalinidade ou carga negativa.
Nossos líquidos corporais – linfa, sangue e líquido crânio-sacral - representam cerca de 65% da massa total de um corpo adulto, e o sangue, pelas suas funções de grande transportador, mediador, solvente, provedor e agente de ligação entre os órgãos e tecidos, é o mais importante. A faixa ideal de pH do sangue humano está entre 7,36 a 7,42; portanto, levemente alcalino.

E, variações bruscas deste pH sangüíneo irão comprometer não só o estado de consciência do Ser, como também poderá colocar em risco a própria vida. Se o pH do sangue baixa a um valor de 6,95 (levemente ácido), a pessoa poderá entrar num estado de coma, e, no outro extremo, um sangue humano com pH a partir do 7,7 irá desencadear um estado de irritação extrema, espasmos, propensão à tetania e convulsões.

Em síntese, a qualidade de vida de uma célula está diretamente relacionada ao pH do sangue que a irriga continuamente.
Reforçando: o sangue, o líquido no qual a célula está mergulhada, tem de ser mantido constantemente com o pH ideal: entre 7,36 – 7,42.
Qualquer diminuição no pH do sangue, que é a situação mais comum em nossa sociedade, irá refletir-se na desvitalização das células, ou seja, células com vida mais curta e, necessariamente, envelhecidas.
A causa mais típica desta situação metabólica é a ingestão freqüente de alimentos que acidificam rapidamente o sangue: açúcar branco, farinha branca, carnes (principalmente a vermelha e a de suínos), frituras, alimentos "aditivados" pelo progresso industrial, alimentos instantâneos, congelados ou excessivamente cozidos, bebidas gasosas, etc. Enfim, tudo aquilo que conhecemos como alimentos de natureza biocida (bio = vida + cida = mata), ou seja, alimentos que matam a vida.
Estes alimentos são os grandes protagonistas para acelerar o processo de envelhecimento, a baixa vitalidade e produtividade, os desequilíbrios emocionais e, finalmente, as doenças.
Pelo tempo que esse ciclo vicioso (maus hábitos alimentares) durar, o organismo irá manter-se sob padrões de degeneração orgânica contínua, e a chegada da doença será inevitável.

Eternamente Jovem

Após conseguir manter, perfeitamente vivas, por 28 anos, as células cardíacas de um embrião de galinha, o fisiologista francês Dr. Alexis Carrel, nos proporcionou uma boa prova dessa possibilidade.
Como? Conservando estas células constantemente banhadas por um fluido ligeiramente alcalino.
Portanto, qualquer atitude mental ou hábitos alimentares que nos proporcione a adequada alcalinização dos nossos líquidos corporais, irá desencadear a possibilidade da "eterna juventude celular.

Contrariamente, atitudes mentais e hábitos alimentares que gerem resíduos ácidos ou radicais livres devem ser reconhecidos e tratados como os verdadeiros vilões do envelhecimento.

Finalizando: Há um consenso médico que admite que as doenças desenvolvem-se somente em ambiente ácido.
Portanto: A enfermidade não prospera num sangue adequadamente alcalino.

Que alimentos e atitudes alcalinizam o sangue?

Os mais potentes modificadores do pH dos nossos líquidos corporais, funcionando como instrumentos de manutenção da saúde celular, são os sais minerais, que alcalinizam ou acidificam, conforme a necessidade do organismo.

Os sais de cálcio, zinco, ferro, magnésio, sódio, potássio e manganês são predominantemente alcalinizantes e atuam como elementos energizantes e neutralizadores.

Já os sais que contêm fósforo, enxofre, cloro, iodo, bromo, flúor, cobre e sílica são agentes mais acidificantes.
Todos eles são necessários à saúde humana, mas precisam estar em equilíbrio para que o pH resultante seja, como vimos, levemente alcalino.

Semelhantes aos minerais, as emoções, os sentimentos, a agitação mental e física também têm potencial para alcalinizar ou acidificar partes do organismo em questão de frações de segundos.
Assim, o estresse tende a acidificar o sangue, e a acidez do sangue é um fator negativo, porque provoca mais estresse. Pronto! Instalou-se um círculo vicioso negativo: estresse gera mais estresse.
Um organismo acidificado tende a manifestar sentimentos, emoções e reações "ácidas". A raiva, inveja, ansiedade, ciúme, excesso de julgamentos e críticas, exercícios físicos obsessivos, competições, calor em excesso, desidratação, etc. também induzem à acidificação do organismo em questão de segundos.

Ao contrário, é comum ao organismo devidamente alcalinizado compartilhar freqüências, sentimentos e emoções prazerosos. Afetuosidade, compaixão e compreensão são estados típicos de um corpo em harmonia metabólica, sereno e pacífico. Assim, o estado meditativo ou de oração, a vivência do amor, bom humor, do belo, do positivismo, da verdade e do prazer de estar vivo podem ser considerados "alimentos" de grande potencial alcalinizante. Estas emoções, por sua vez, alcalinizam o sangue. Pronto! Instalou-se um círculo vicioso positivo.

As frutas frescas, os legumes e as hortaliças (principalmente os orgânicos) quando ingeridos crus – por seu elevado teor de sais minerais, vitalidade, água e fibras - são exatamente os alimentos mais alcalinizantes à nossa disposição.
Entretanto, o limão é incomparável. Seu potencial de alcalinizar o sangue humano acontece imediatamente após sua ingestão. Interessante que ele apresenta um sabor ácido, mas não se engane, ele mal alcança o estômago e já está afetando os líquidos corporais, combinando-se com os minerais alcalinizantes.
Pois é, esta frutinha tão barata, comum e discreta tem o poder de mudar radicalmente a nossa vida: no físico, emocional, mental e espiritual. Como? Alcalinizando o nosso sangue.

O ácido cítrico do limão, transformado no organismo em citrato de sódio (sal alcalino), carbonatos e bicarbonatos alcalinos, causa imediata alcalinização do meio humoral, neutralizando ou amenizando estados indesejados de acidez.
E mais, estes sais alcalinos são considerados os melhores remédios contra o excesso da viscosidade sangüínea, oferecendo prevenção contra acidentes cardiovasculares.
Em paralelo, o limão, com todos os seus demais componentes, fortalece o sistema imunológico, retarda o envelhecimento precoce, bloqueia radicais livres, oferecendo assim proteção contra o câncer e demais doenças.

Que alimentos evitar?

De modo semelhante ao açúcar, são igualmente acidificantes todas as gorduras e óleos hidrogenados (cuidado com as margarinas ou qualquer outra gordura hidrogenada embutida em todos os alimentos industrializados), alimentos refinados, sintéticos e aditivados com modificadores químicos.

Todas as carnes são fortes agentes acidificantes do sangue, pois necessitam de ácido clorídrico para a sua difícil digestão no organismo humano.
São também acidificantes todos os alimentos vegetais “velhos” (muito maduros) ou que:
- não concluíram o ciclo de maturação no próprio pé;
- oriundos de uma agricultura não orgânica;
- tenham suas moléculas estouradas pelo congelamento;
- tenham sido desnaturados, artificialmente "enriquecidos", submetidos a irradiação, expostos a campos eletromagnéticos, etc. em graus diferenciados.



Este texto faz parte do livro “O poder de cura do Limão – um guia de medicina caseira”

terça-feira, 1 de junho de 2010

Lactação do Ser Humano


Por Dr. Augusto Vinholis Médico Cientista

Comprovação do período de lactação do ser humano.
Na verdade, o período de lactação do ser humano é de três anos, provado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

Como chegaram a essa conclusão?
No Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto foram feitas biópsias, durante um ano, de todas as crianças que chegavam para serem operadas, por qualquer razão. Suponhamos uma criança que tivesse uma má formação congênita, contraísse uma apendicite, ou tivesse qualquer outro problema em que fosse necessário abrir cirurgicamente o abdômen. Então retirava-se uma biópsia, um pedacinho minúsculo do intestino. Começou-se a analisar o nível de lactase. A lactase desdobra a lactose, ou seja, essa enzima intestinal é própria para desdobrar o açúcar do leite.
Verificou-se que até os três anos de idade essa enzima está presente no intestino das crianças.

O que isso significa?
Que nós, seres humanos, deveríamos ser amamentados pelo menos até chegarmos aos três anos. Existem pessoas que conseguem, devido à estimulação um pouco maior.

Há casos, como qualquer outra variável na Ciência, a que chamamos *Curva de Gauss, que é uma situação assim: o resultado da medida de um determinado evento, no qual se observa que a grande maioria das ocorrências é semelhante e que existe uma minoria acima e outra abaixo da média, representada por uma curva, graficamente. É uma espécie de média. É onde se observa o que acontece com a grande maioria; aqui você vai encontrar crianças que mamaram até seis anos de idade e muitas que só chegaram até um ano. Mas, na verdade, a lactase está presente nessas crianças, que deveriam estar amamentando até os três anos de idade. Bem, isso então é, com certeza, porque a certificação da presença da lactase é fundamental. Você pode supor: “Será que é um ano? Será que são seis meses? Será que é um ano e meio?” Não. Isso é o seguinte: a lactase está presente no intestino das crianças até os três anos de idade, o que foi definido e comprovado por essa pesquisa.

Ora, nós temos o Fator da Vida, que é quarenta e dois. Quanto é quarenta e dois vezes três anos?Cento e vinte e seis anos.Justamente este é o período que nós deveríamos viver! Expectativa de vidaCento e vinte e seis anos! Aposentar-nos com cinqüenta anos e irmos “curtindo” a vida por mais setenta e seis. Isso seria muito interessante para nós! E por que não conseguimos viver esse período? Por que adoecemos tão cedo?

Dieta Equilibrada Combate Candidíase Vaginal

A candidíase ou monolíase vaginal é uma micose. Presente na maioria dos seres humanos não representa um problema a menos que esses organismos comecem a crescer acima de suas quantidades consideradas normais.
Os principais fatores causadores desta micose incluem o uso abusivo de antibióticos, gravidez, diabetes, infecções, deficiência imunológica, medicamentos como anticoncepcionais e corticóides, uso de desodorantes íntimos ou de roupas íntimas inadequadas, desequilíbrios intestinais e consumo excessivo de açúcares refinados, que é o principal alimento da Candida Albicans. Além de nutrir a Candida o doce modifica o pH intestinal, deixando o ambiente alcalino, o que favorece a proliferação dos fungos e a diminuição das bactérias do bem, que preferem um meio ácido. O curioso é que esses fungos liberam uma toxina que interfere em alguns neurotransmissores, o que acaba atacando o seu desejo de doce, já que os fungos precisam de açúcar para crescer.

SINAIS E SINTOMAS
A cândida e outros fungos produzem toxinas, que no organismo humano podem atingir a corrente sanguínea e produzir uma vasta gama de sintomas que se manifestam principalmente em 5 áreas do nosso corpo:
a) Sistema digestivo – provocando gases, distensão abdominal, diarréia alternada com constipação e múltiplas alergias alimentares
b) Sistema nervoso – fadiga anormal, dificuldade em se concentrar, confusão mental, irritabilidade e confusão mental, perda de memória, insônia, depressão, tontura, alterações de humor, dores de cabeça, náuseas, sensação de queimação, dormência, entre outros
c) Pele – psoríase, eczema, sudorese excessiva, acne e infecções nas unhas.
d) Trato genito-urinário – nas mulheres, principalmente tensão pré- menstrual, infecções vaginais recorrentes, e perda da libido. Nos homens inclui prostatite recorrente e impotência.
e) Sistema endócrino – hipo ou hipertireoidismo, principalmente os de origem auto-imune.
O conjunto destes sintomas devido à infecção por cândida pode ser chamado de candidíase polisistêmica.


TRATAMENTO NUTRICIONAL – ALIMENTAÇÃO E SUPLEMENTAÇÃO

A candidíase não pode ser curada somente através das alterações dietéticas propostas, mas estas são de fundamental importância para a eficácia do tratamento antifúngico usualmente empregado. A dieta garante que a cândida não cresça ou que tenha um crescimento insignificante.
O mais importante no que se refere ao tratamento da infecção pela cândida é melhorar a função digestiva e o sistema imunológico, assim a cândida não encontrará ambiente propício para o seu crescimento excessivo.
Frente aos alimentos mais envolvidos no crescimento da cândida, é importante, evitar frutas ricas em açúcar como as desidratadas, frutas, sucos de frutas, alimentos fermentados como cerveja, vinho e queijos, pães e grãos contaminados, produtos de origem animal (principalmente a carne vermelha e de porco, gordura animal, manteiga, leite e outros laticínios, amendoim, pistache, castanha de caju e coco ralado, sementes e alimentos refinados. Evitar a ingestão de champignons, pois eles nada mais são do que uma espécie de fungo que pode proliferar a população intestinal de fungos.
Evitar a ingestão de amendoim ou seu óleo, uma vez que freqüentemente estão contaminados com aflatoxinas e fungos considerados imunossupressores.
Alimente-se com mais peixes e óleos de peixe (ricos em ácidos graxos Ômega 3), alho, cebola,azeitonas, azeite de oliva, hortaliças verdes, ervas, especiarias, semente de linhaça e produtos à base de soja como o tofu e o iogurte.
Alguns suplementos também são indicados como coadjuvantes no tratamento da candidíase:

PROBIÓTICOS: são as bactérias intestinais benéficas que residem no nosso intestino e funcionam como um antibiótico natural contra bactérias patogênicas, vírus e fungos como a cândida. Para isso é importante que estejam em equilíbrio na nossa microflora. A melhor maneira de serem obtidos é através de suplementos de lactobacilos e bifidobactérias. Podem ser utilizados por via oral ou como uso tópico no caso de infecções vaginais recorrentes.
PREBIÓTICOS: como os frutooligossacarídios (FOS), por exemplo. Aconselha-se associá-los ao uso dos probióticos, uma vez que alimentam os lactobacilos, aumentando sua população e assim conferindo maior proteção intestinal.
ÁCIDO CAPRÍLICO: é um ácido graxo de cadeia média presente no coco. É um potente agente antifúngico.
CEBOLA E ALHO: são efetivos no combate tanto da cândida quanto de parasitas. Devem ser consumidos na forma crua ou em suplementos de óleo ou extrato de alho. O processamento do alho em cápsulas provoca perda de parte de sua atividade antifúngica. A alicina é o elemento essencial no óleo de alho, responsável pelas propriedades terapêuticas antibacterianas, antiinflamatórias e antifúngicas. Utilizar diariamente durante 1 a 3 meses.
ÓLEOS: O óleo de peixe tem atividade antifúngica comprovada, havendo também benefícios através da ingestão de peixes como truta, salmão, sardinhas, atum e bacalhau por pelo menos 3 vezes/semana. O óleo de prímula, de borage e groselha preta são ótimas fontes de Omega 6. Óleo de semente de linhaça é boa fonte de ácidos graxos Omega 3 e 6. Todos estes óleos tem propriedades antifúngicas. Destaca-se neste grupo o óleo de orégano por suas propriedades antibacterianas, antifúngicas, antiparasíticas e antioxidante.
ALOE VERA GEL: assim como a espirulina ou clorela têm ação no combate a cândida, principalmente devido ao seu efeito estimulante sobre o sistema imune. Além de suas propriedades antioxidantes e antiinflamatórias.
VITAMINAS/MINERAIS: o sistema imune necessita de alguns nutrientes para o seu bom funcionamento como a vitamina A, beta caroteno, vitamina E, iodo, selênio, zinco, ácido fólico e biotina. Esta última é uma das vitaminas do complexo B, e também tem atividade evitando a conversão da cândida na sua forma mais invasiva.
ALGAS MARINHAS: são ricas em selênio e iodo que têm atividade de inativar os fungos. Antes do advento das drogas antifúngicas o iodo era o “remédio” mais potente contra a cândida e outros fungos.