Quem sou eu
- Andréa Gigliotti Moreira Costa
- *Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Bebidas com adoçantes artificiais causam ganho de peso
Estudos epidemiológicos têm encontrado correlação positiva entre o uso de adoçantes artificiais e ganho de peso. Além disso, estudos de intervenção sugerem que os adoçantes artificiais não ajudam a reduzir o peso quando usados isoladamente.
Um estudo prospectivo que acompanhou 166 crianças em idade escolar durante um ano descobriu que o aumento do consumo de refrigerantes com adoçantes artificiais está associado com a elevação no IMC (índice de massa corporal). Outro grande estudo que envolveu 11.654 crianças de 9 a 14 anos também relatou associação positiva entre refrigerantes diet e ganho de peso, em que para cada dose diária da bebida diet foi encontrado o aumento de 0,16 kg/m2 no IMC.
Evidências também mostram que tanto a ingestão de refrigerantes diet ou com açúcar estão associados com o aumento da ingestão calórica diária total, foi o que concluiu o estudo realizado pelo National Institute of Health (NIH), Estados Unidos. Este trabalho acompanhou 2.371 meninas com idade entre 9 a 19 anos durante 10 anos, no entanto, a correlação entre refrigerante dietético e IMC não foi significativa.
Estudos que buscaram investigar a perda de peso em indivíduos com sobrepeso ou obesidade com o uso de adoçantes artificiais não encontraram resultados satisfatórios. Um ensaio clínico controlado e randomizado, que substituíram bebidas adoçadas com açúcar por bebidas com adoçantes artificiais, não foi capaz de diminuir o IMC após 25 semanas de substituição.
Pesquisadores também vêm descobrindo que a ingestão de aspartame pode estar associada com o aumento do consumo total de energia, sugerindo uma maior compensação das calorias reduzidas.
Estudos experimentais descobriram que quanto maior o consumo de alimentos de sabor doce, tanto fornecido pelo açúcar quanto por adoçantes artificiais, podem levar ao aumento do apetite. Evidências também sugerem que o aspartame pode, de alguma forma ainda não esclarecida, aumentar a fome e/ou consumo de energia, resultando em maior ingestão calórica e aumento de risco para obesidade. Estes estudos apresentam a hipótese de que existe uma compensação entre o gosto doce e o conteúdo calórico. No entanto, os resultados ainda são inconclusivos.
Está bem esclarecido que o açúcar oferece grande quantidade de carboidratos, que são rapidamente absorvíveis e levam à ingestão excessiva de calorias, conseqüentemente ao ganho de peso. Portanto, é necessária a restrição do seu consumo do açúcar. No entanto, a sua substituição por adoçantes artificiais deve ser cautelosa. Embora ainda não esteja completamente claro o papel das bebidas diet no peso corporal, os estudos sugerem que haja limitações quanto ao seu consumo, para que não haja compensação através do aumento no consumo de outros alimentos de alto teor calórico
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