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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

terça-feira, 19 de junho de 2012

CAPSAICINA

A capsaicina (8-metil-N-vanilil-trans-6-nonenamida) é o principal componente ativo da pimenta, seguido da dihidrocapsaicina, nordihidrocapsaicina, homodihidrocapsaicina, homocapsaicina, entre outros, os quais são chamados capsaicinoides. Os capsaicinoides são componentes químicos que dão às pimentas sua ardência característica e têm atraído grande atenção devido às suas extensas propriedades farmacológicas, como as atividades de analgesia, anticancerígena, anti-inflamatória, antioxidante e anti-obesidade.

Os estudos sugerem os seguintes efeitos da capsaicina:

-Alívio da dor
Tem sido demonstrado que a capsaicina quando utilizada por via oral ou localmente (uso tópico) pode reduzir a inflamação e dores relacionadas com artrite reumatoide e fibromialgia. A capsaisica tem sido acrescentada em fármacos para tratamento de osteoartrite. Recentemente, grande progresso tem sido feito na compreensão dos mecanismos responsáveis ​​pelo efeito de capsaicina no alívio da dor. Estudos demonstram que a capsaicina exerce esse efeito por meio do receptor específico para a capsaicina, denominado receptor de vanilóide (TRPV1). Trata-se de um canal sensível à capsaicina, que participa da transdução periférica da dor térmica e inflamatória.

-Prevenção do câncer
A atividade anticancerígena de capsaicinoides tem sido demonstrada em estudos "in vitro" e "in vivo". Os efeitos anti-cancerígenos e quimiopreventivo da capsaicina estão relacionados com a sua capacidade de prevenir a proliferação e migração celular, bem como de induzir a apoptose de células tumorais. A capsaicina, juntamente com a dihidrocapsaicina podem reprimir o crescimento de várias linhagens de células tumorais, por meio da indução de parada do ciclo celular, apoptose e/ou pela inibição do metabolismo tumoral.

-Redução de peso
Estudos demonstram que a capsaicina aumenta o gasto energético e reduz o depósito de gordura corporal. Estudo com ratos demonstrou que a capsaicina regula o metabolismo energético e de lipídios, induzindo a termogênese. Embora a capsaicina tenha apresentado efeitos anti-obesidade, mais estudos devem ser realizados para confirmar esses resultados.

Dessa maneira, estudos futuros deverão esclarecer a quantidade de capsaicina necessária para exercer essas funções, bem como as diferenças entre o consumo de pimenta e a administração isolada de capsaicina.




FONTE: NUTRITOTAL.COM.BR



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Qual o papel da canela (Cinnamomum zeylanicum) no controle da glicemia?

Embora existam diferentes espécies de canela, a Cinnamomum zeylanicum é categorizada como a canela verdadeira quando se refere ao seu uso culinário. Os estudos científicos sugerem que ela pode apresentar efeitos benéficos no controle da glicemia, contribuindo para a redução da glicemia e colesterol.

Estudos realizados com indivíduos pré-diabéticos ou com resistência à insulina e síndrome metabólica revelaram que a canela pode melhorar o controle glicêmico e a sensibilidade à insulina. No entanto, os estudos demonstraram que os efeitos no controle da glicemia em pacientes com diabetes tipo 1 ou 2 é controverso.

As propriedades benéficas da canela foram inicialmente avaliadas em estudos in vitro e in vivo com experimentos em animais, demonstrando que seus polifenóis estimulam a captação de glicose no músculo esquelético e tecido adiposo. Cao et al (2007) relataram que o extrato purificado de canela e seus polifenóis aumentam os níveis do receptor de insulina e do transportador de glicose (GLUT4) em adipócitos. Além disso, outros estudos relataram que a canela retarda o esvaziamento gástrico, e isso pode também estar associado com a redução da glicemia pós-prandial.

Entretanto, ao longo dos últimos anos, diferentes estudos clínicos têm demonstrado resultados conflitantes. Foi verificado que a ingestão de 2g por dia de canela durante 12 semanas reduziu significativamente a HbA1c (hemoglobina glicosilada) e a pressão arterial entre pacientes com diabetes tipo 2 não controlada, no entanto, os efeitos da canela em indivíduos diabéticos bem controlados (HbA1c <7%) parece ser mínimo. Esta pode ser a razão pela qual Crawford (2009) e Akilen et al (2010) demonstraram que a canela foi capaz de induzir o controle da glicemia em indivíduos diabéticos com HbA1c acima de 7%.

Portanto, pesquisadores concluem que a inclusão da canela na alimentação pode ser considerada como uma opção adicional a fim de regular os níveis de glicose sanguínea e de pressão arterial em indivíduos com a diabetes mellitus tipo 2.




Bibliografia (s)

Akilen R, Tsiami A, Devendra D, Robinson N. Cinnamon in glycaemic control: Systematic review and meta analysis. Clin Nutr. 2012 May 12. [Epub ahead of print]

Cao H, Polansky MM, Anderson RA. Cinnamon extract and polyphenols affect the expression of tristetraprolin, insulin receptor, and glucose transporter 4 in mouse 3T3-L1 adipocytes. Arch Biochem Biophys. 2007;459(2):214-22.

Akilen R, Tsiami A, Devendra D, Robinson N. Glycated haemoglobin and blood pressure-lowering effect of cinnamon in multi-ethnic Type 2 diabetic patients in the UK: a randomized, placebo-controlled, double-blind clinical trial. Diabet Med. 2010;27(10):1159-67.

Crawford P. Effectiveness of cinnamon for lowering hemoglobin A1C in patients with type 2 diabetes: a randomized, controlled trial. J Am Board Fam Med. 2009;22(5):507-12


texto retirado do site: nutritotal.com.br

sábado, 2 de junho de 2012

O que é chia?



A chia é um grão originário do Méxido, era muito consumida pelas civilizações antigas por quem precisava de força de resistência física.

É parecida com o gergelim, seu sabor é suave e pode ser usada de várias formas, como por exemplo saladas de frutas, iogurtes, sucos e saladas.

Tem um excelente perfil nutricional, com propriedades antiinflamatórias e hipoglicemiantes, devido ao seu alto conteúdo de fibras, ômega-3, proteínas vegetais, magnésio e potássio.

O uso é contra-indicado para indivíduos com doenças inflamatórias intestinais, diverticulite e intolerância ao produto.