Quem sou eu
- Andréa Gigliotti Moreira Costa
- *Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838
sábado, 23 de fevereiro de 2013
BOA ALIMENTAÇÃO, ESTÔMAGO SAUDÁVEL
Em minha prática clínica observo melhora em 100% dos casos de problemas relacionados com dor de estômago, azia, empachamento, etc. É nítido para o paciente após a dieta quais alimentos são veneno para estes sintomas.
É fundamental tratar o intestino nestes casos também!!
Abaixo um excelente texto sobre o assunto, mas lembre-se de procurar sempre um profissional nutricionista para adequar e equilibrar sua dieta!
Texto elaborado pelo depto. científico da VP Consultoria Nutricional
Em países ocidentais, aproximadamente 25% dos adultos apresenta dores ou desconfortos estomacais. O alarmante número justifica-se nos hábitos de vida adotados por esta população: estresse, má alimentação, uso de álcool e fumo são fatores de risco para as patologias do estômago. Devido à alta prevalência, questões relacionadas a estas doenças têm sido constantemente abordadas pela mídia, como na recente publicação da revista Boa Forma intitulada “Dor de Estômago”.
As doenças do estômago mais comuns são a dispepsia funcional (na qual há desconforto gástrico sem alterações estruturais), a gastrite (caracterizada por inflamação visível do órgão) e a úlcera gástrica, na qual a mucosa estomacal apresenta ulcerações. Em todos os casos citados, a patogênese inclui colonização gástrica pela bactéria Helicobacter pylori, secreção deficiente de muco, inflamação da mucosa e aumento do estresse oxidativo. Tais fatores sofrem grande influência da dieta, ou seja: uma boa alimentação pode prevenir ou tratar eficientemente as doenças do estômago.
Um grande mito que permeia o tratamento de úlceras e gastrites é o de que a ingestão de leites e derivados é benéfica nestas patologias. Na verdade, o leite até pode aliviar os sintomas logo quando é ingerido, pois reduz a acidez estomacal, mas como é um alimento extremamente rico em proteínas, acaba por estimular ainda mais a secreção ácida, causando piora dos sintomas, minutos depois. Há também grande possibilidade de uma alergia às proteínas deste alimento aumentar a inflamação gástrica, agravando o quadro.
Alimentos contendo cafeína podem predispor o estômago à infecção por H. pylori. Por isso, café, chá mate, chocolates e refrigerantes podem piorar quadros de gastrites e úlceras. O sal em excesso é outro potente agressor do estômago. Pode causar dano tecidual e até aumentar o risco de câncer gástrico. Sendo assim, alimentos demasiadamente salgados, além de enlatados e embutidos, são também contraindicados em doenças gástricas. Bebidas alcoólicas agridem diretamente as células estomacais, aumentando o estresse oxidativo. São também prejudiciais ao tratamento de doenças do estômago.
A informação de que a dieta de portadores de úlceras e gastrites deve ser restrita em condimentos é extremamente difundida. A ciência, porém, tem demonstrado atividade antiulcerogênica de alguns temperos naturais, como a cúrcuma e o alecrim. A piperina presente na pimenta do reino, porém, tem demonstrado aumentar a secreção ácida no estômago, tendo efeito negativo sobre o tratamento de úlceras e gastrites. Quanto à tão temida pimenta vermelha, não há indícios de que possa agravar quadros de doenças gástricas. Têm sido descritos como antiulcerogênicos também vegetais da família das brássicas, como couve e repolho, e fitoterápicos, como Aloe vera e espinheira santa. Como cada organismo é único, indivíduos diferentes podem apresentar reações distintas à ingestão de diferentes alimentos. A tolerância individual deve ser sempre respeitada.
O tratamento medicamentoso incorreto de tais patologias, visando redução dos sintomas sem focar em suas causas, pode acarretar em consequências sérias. Os medicamentos redutores da acidez estomacal podem aliviar sintomas das doenças do estômago, mas seu uso em longo prazo ou em casos desnecessários resulta em um ciclo vicioso, em que as deficiências de micronutrientes e a baixa acidez estomacal facilitam a colonização por H. pylori. Sendo assim, o paciente não consegue se livrar do medicamento ou da doença.
A elevada ingestão de leite e derivados, alimentos salgados, frituras, bebidas alcoólicas e alimentos contendo cafeína contribui fortemente para a grande prevalência de dores e desconfortos estomacais em países ocidentais. A nutrição exerce papel central na homeostase do estômago, sendo essencial para a prevenção e o tratamento de suas doenças.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. ANTHONI, S.; SAVILAHTI, E.; RAUTELIN, H.; KOLHO, K.L. Milk protein IgG and IgA: the association with milk-induced gastrointestinal symptoms in adults. World J Gastroenterol; 15(39):4915-8, 2009.
2. BRENNER, H.; ROTHENBACHER, D.; BODE, G.; ADLER, G. Relation of smoking and alcohol and coffee consumption to active Helicobacter pylori infection: cross sectional study. BMJ; 315(7121): 1489–1492, 1997.
3. DIAS, P.C.; FOGLIO, M.A.; POSSENTI, A.; DE CARVALHO, J.E. Antiulcerogenic activity of crude hydroalcoholic extract of Rosmarinus officinalis L. J Ethnopharmacol; 69(1):57-62, 2000.
4. EAMLAMNAM, K.; PATUMRAJ, S.; VISEDOPAS, N.; THONG-NGAM, D. Effects of Aloe vera and sucralfate on gastric microcirculatory changes, cytokine levels and gastric ulcer healing in rats. World J Gastroenterol; 12(13):2034-9, 2006.
5. FURIHATA, C.; OHTA, H.; KATSUYAMA, T. Cause and effect between concentration-dependent tissue damage and temporary cell proliferation in rat stomach mucosa by NaCl, a stomach tumor promoter. Carcinogenesis; 17(3):401-6, 1996.
6. KLEINER, M.; ANDRÉ, S.B.; SAPORITI, L.; LAUDANNA, A.A. Papel do pantoprazol em baixa dose no tratamento ambulatorial da dispepsia funcional, das gastrites e da esofagite de refluxo leve. Rev Bras Med; 59(5):405-412, 2002.
7. MÓZSIK, G.; SZOLCSÁNYI, J.; DÖMÖTÖR, A. Capsaicin research as a new tool to approach of the human gastrointestinal physiology, pathology and pharmacology. Inflammopharmacology; 15(6):232-45, 2007.
8. ONONIWU, I.M.; IBENEME, C.E.; EBONG, O.O. Effects of piperine on gastric acid secretion in albino rats. Afr J Med Med Sci; 31(4):293-5, 2002.
9. SANTOS-OLIVEIRA, R.; COULAUD-CUNHA, S.; COLAÇO, W. Revisão da Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, Celastraceae. Contribuição ao estudo das propriedades farmacológicas. Rev Bras Farmacog; 19(2B): 650-659, 2009
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Benefícios dos fitoquímicos nos vegetais vermelhos
Estudos in vitro e in vivo demonstram que os fitoquímicos presentes nos vegetais vermelhos (como tomate, maçã, pimentões, morangos e outros) podem estar relacionados com a redução no risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes, além da prevenção de doenças cardiovasculares, câncer, e por melhorar funções visuais e cerebrais. Os efeitos estão relacionados, principalmente, pelas atividades antioxidantes, antiproliferativas e de sinalização celular.
Um dos principais fitoquímicos presentes nesses vegetais são as antocianinas, pigmentos solúveis em água, pertencente à classe dos flavonoides, responsáveis pelas cores que vão desde o vermelho-laranja para azul-violeta. Nos últimos anos, estudos demonstraram que as antocianinas exibem diversas atividades biológicas. Estudos experimentais e alguns estudos epidemiológicos têm revelado efeitos protetores dos vegetais ricos em antocianinas na redução do risco de desenvolvimento de câncer gastrintestinal.
Outra substância bastante estudada é o licopeno, carotenoide responsável pela cor vermelha do tomate, goiaba e outros, devido às suas propriedades físico-químicas e biológicas na prevenção de doenças crônicas, como câncer, doenças neurodegenerativas e cardiovasculares, em que o estresse oxidativo é um importante fator etiológico.
Além dessas substâncias existem diversos compostos bioativos que interagem sinergicamente para reparar danos resultantes do estresse oxidativo e inflamação. Entretanto, mais estudos são necessários para confirmar os potenciais mecanismos de ação, a biodisponibilidade, bem como a recomendação de ingestão desses vegetais contendo esses compostos.
texto retirado do site: nutritotal.com.com
Eixo cérebro-intestino: como a microbiota influencia a ansiedade e depressão
Nos
primeiros dias de vida, os seres humanos são colonizados por microbiota
intestinal comensal. Neste estudo, foram revisados os recentes achados mostrando
a importância de uma microbiota saudável para a função cerebral normal. Os
estudos acessados mostraram que as bactérias do trato gastrointestinal,
incluindo as comensais, probióticas e patogênicas, podem ativar vias neurais e
sistemas de sinalização do sistema nervoso central. Ensaios experimentais
evidenciaram que a alteração na microbiota intestinal exerce forte impacto sobre
ansiedade, sendo que as alterações de comportamento relacionaram-se com o status
inflamatório e com diferenças no perfil de microbiota do trato gastrointestinal.
Os autores deste estudo concluem que novos ensaios clínicos e experimentais
voltados à compreensão do eixo cérebro-intestino são necessários, podendo
fornecer novas abordagens para a prevenção e tratamento de doenças mentais, como
a ansiedade e depressão.
Referência
bibliográfica:
FOSTER, J.A.; NEUFELD, K.M. Gut-brain axis: how the microbiome
influences anxiety and depression. Trends Neurosci; 2013.
retirado do site: vponline.com.br
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Micronutrientes importantes para Tireóide
Alguns nutrientes da dieta são fundamentais para o bom funcionamento da glândula tireóide. Enquanto outros alimentos podem prejudicar o seu funcionamento, por isso, buscar uma orientação individualizada é extremamente importante!
No texto abaixo são citados alguns nutrientes que ajudam na conversão dos hormônios tiroidianos, além da produção do TSH pela hipófise. São eles, iodo, zinco, ferro, selênio, vit A.
Melhores fontes de Iodo: algas marinhas, sal iodado ou sal marinho, peixes, latícinios.
Melhores fontes de Zinco: alimentos proteicos (carnes de boi, porco, frango, salmão), amendoim, batata, grão de bico, semente de abóbora.
Melhores fontes de Ferro: gema de ovo, feijão, lentilha, beterraba, folhas verde escuras.
Melhores fontes de Selênio: castanha-do-pará, salmão, farelo de trigo, semente de abóbora.
Melhores fontes de Vitamina A: óleo de fígado de bacalhau, ovos, batata doce, cenoura, abóbora, damasco, folhas verde escuras.
"Os micronutrientes, principalmente iodo e selênio, além de ferro, zinco e vitamina A são necessários para o funcionamento adequado da glândula tireoide.
A glândula tireoide secreta dois hormônios que regulam o metabolismo corporal, a tiroxina (T4), um pró-hormônio, e a triiodotironina (T3), considerado o hormônio biologicamente ativo. Ela também secreta a calcitonina, um hormônio importante na homeostase do cálcio. A ausência da secreção dos hormônios da tireoide deixa o metabolismo basal cerca de 40 a 50% abaixo do normal, enquanto que o excesso de secreção deixa o metabolismo de 60 a 100% acima do normal. A secreção da tireoide é controlada principalmente pelo hormônio tireoestimulante (TSH), que é secretado pela hipófise. A glândula tireoide capta ativamente o iodo ingerido por meio da dieta, para sintetizar os hormônios T4 e T3. Por essa razão, o iodo é um componente essencial dos hormônios da tiroide e a sua deficiência causa distúrbios que incluem o bócio, retardo mental, anormalidades do crescimento e desenvolvimento em crianças. O selênio também é essencial para o funcionamento da tireoide por ser componente de três enzimas selênio-dependentes (selenoproteínas), conhecidas como desiodases, que são responsáveis pela conversão do pró-hormônio T4 em T3. Além disso, o selênio também pode ser encontrado na forma de selenocisteína no centro catalítico de enzimas que protegem a tiróide de danos causados por radicais livres. Estudos têm demonstrado que a deficiência de ferro prejudica o metabolismo da tireoide, por diminuir as concentrações plasmáticas totais de T4 e T3, e reduzir a conversão de T4 em T3. Outras pesquisas têm verificado que o zinco também é importante para a homeostase da tireoide. Entretanto, o papel do zinco nessa regulação é complexo e pode incluir efeitos sobre a síntese e modo de ação dos hormônios tireoidianos. A vitamina A, por sua vez, modula o metabolismo da glândula tireoide, por influenciar a produção de TSH pela hipófise. Têm sido descrito que a deficiência de vitamina A pode causar hipertrofia da tireoide e reduzir a captação de iodo pela tireoide, prejudicando a síntese de T4 e T3".
texto retirado do site: nutritotal.com.br
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