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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DIETA DE DESTOXIFICAÇÃO

A dieta de dextoxificação é uma ferramenta muito importante na nutrição funcional, pois ajuda a eliminar as toxinas presentes no organismo e potencializa a função hepática através da retirada temporária de alguns alimentos e a inclusão de nutrientes que dão suporte ao bom funcionamento do fígado.

A Dra. Ana Beatriz Baptistella Leme da Fonseca postou no site da VP uma matéria muito interessante sobre o assunto:


DESMISTIFICANDO A DIETA DE DESTOXIFICAÇÃO

Na primeira quinzena de janeiro, a versão digital do jornal Folha de São Paulo publicou em seu site uma notícia sobre as dietas de desintoxicação “que prometem livrar o organismo de agrotóxicos e melhorar o metabolismo”. Segundo especialistas de diversas áreas consultados pela reportagem, esse tipo de dieta “não passa de enganação”.

Porém, é importante destacar que as dietas criticadas pelos especialistas são caracterizadas por restrições alimentares severas (muitas vezes à base apenas de líquidos), são de curta duração e possuem combinações nutricionais inadequadas. Em longo prazo, podem até provocar deficiências nutricionais importantes.

Contrariamente, a Nutrição Funcional preconiza a dieta de destoxificação, que é bem diferente (tanto em qualidade como em quantidade) dessas dietas da moda que preconizam a desintoxicação. Essa dieta só é aplicada após uma anamnese nutricional detalhada, composta por histórico de saúde e doença, avaliação do consumo alimentar, avaliação antropométrica e avaliação de todos os sinais e sintomas apresentados pelo paciente – ferramentas que indicam a necessidade da aplicação da dieta e permitem ao profissional identificar os alimentos que precisam ser retirados.

O fígado é um dos principais órgãos do corpo humano e possui importante função no processo de biotransformação de toxinas ou substâncias biologicamente ativas. Ele entra em ação para transformar essas substâncias, normalmente de característica lipídica, em substâncias hidrossolúveis – forma química que permite a eliminação pela urina, fezes e bile. Esse processo é necessário para que as substâncias não se bioacumulem no organismo e promovam efeitos prejudiciais à saúde. Esse processo de destoxificação ocorre em todas as células, porém principalmente no fígado e intestino, de maneira contínua.

O estilo de vida atual, bem como as condições do meio ambiente, expõe o organismo humano a diferentes tipos de toxinas diariamente, exigindo um ótimo processo endógeno de destoxificação. Além dessas toxinas ambientais, diversas substâncias presentes nos alimentos também podem agir como xenobióticos, tais como agrotóxicos, hormônios, substâncias alergênicas, aditivos alimentares, entre outros. Nesse sentido, diferentemente do que exposto na reportagem supracitada, alguns alimentos podem ser tóxicos, tanto em grandes como em pequenas quantidades.

Considerando que os hábitos alimentares se perpetuam ao longo dos anos e os indivíduos consomem determinados tipos de alimentos com bastante frequência e por longos períodos, em alguns momentos da vida pode ser necessária a aplicação da dieta de destoxificação. Porém, essa dieta deve obrigatoriamente ser individualizada e supervisionada por um profissional nutricionista capacitado, que tenha profundos conhecimentos sobre Nutrição Funcional.

É importante destacar que essa conduta nutricional tem como objetivo retirar da alimentação diária os principais alimentos que podem ser prejudiciais para o indivíduo, bem como excluir temporariamente outros alimentos que são consumidos com muita frequência, como por exemplo, carne vermelha, açúcares, laticínios, alimentos industrializados ricos em aditivos químicos, incluindo alimentos enlatados, embutidos e refinados, além de refrigerantes e sucos artificiais.

Em contrapartida, diversos outros alimentos são incluídos na dieta diária, tais como arroz integral, sucos naturais, muitas frutas, saladas variadas cruas, legumes cozidos, diferentes tipos de leguminosas, ovo, entre outros. Essa inclusão se faz necessária, pois o processo de destoxificação adequado é totalmente dependente de diversos nutrientes, que devem ser obtidos por meio de uma alimentação nutricionalmente completa. Em alguns casos, somente sob supervisão, a suplementação nutricional pode ser necessária. É fundamental também uma adequada ingestão de líquidos, já que a maioria das reações químicas do metabolismo orgânico ocorre em meio aquoso.

Ainda, o profissional nutricionista irá determinar o tempo de duração da dieta, fazendo um acompanhamento rigoroso, e também irá supervisionar e orientar a alimentação após esse período, fazendo a reintrodução gradual dos alimentos retirados, acompanhando os sinais e sintomas apresentados pelo paciente.

Assim, a dieta de destoxificação, quando seguida adequadamente, promove importantes efeitos benéficos à saúde!

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