Alguns pacientes com hipersensibilidade ao glúten me perguntam se podem ter a Doença Celíaca. Eu acredito que alguns dos meus pacientes são sim celíacos, pois se encaixam nos sintomas atípicos da doença e com a dieta de eliminação apresentam melhora significativa de todos os sintomas. Mas, para o diagnóstico é necessário além dos exames de sangue uma biópsia intestinal para confirmação.
Resolvi postar sobre o assunto porque as dúvidas são muito frequentes.
A doença celíaca é uma intolerância permanente ao Glúten que acomete indivíduos com
predisposição genética.
Geralmente se manifesta na infância, entre o primeiro e o terceiro ano de vida (na introdução de alimentação à base de papinhas engrossadas com cereais proibidos, com bolachas, pão, sopinhas de macarrão...), podendo
surgir em qualquer idade, inclusive no adulto.
O glúten é uma proteína presente no TRIGO, na AVEIA, na CEVADA (no subproduto
da cevada, que é o MALTE) e no CENTEIO e em todos os
alimentos e produtos preparados com esses cereais.
O Glúten não desaparece quando os alimentos são assados ou cozidos.
A fração tóxica do Glúten encontrada no TRIGO é chamada de Gliadina.
O Glúten agride e danifica as vilosidades do intestino delgado prejudicando
a absorção dos nutrientes dos alimentos.
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. O quadro clínico mais comum é caracterizado por diarréia crônica acompanhada de barriga inchada e perda de peso, além de vômitos, anemia, atraso no crescimento, irritabilidade e apatia.
FORMA CLÁSSICA:
- Diarréia Crônica;
FORMA ATÍPICA:
- Baixa estatura;
- Anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral, anemia por deficiência de folato e vitamina B12;
- Osteoporose;
- Hipoplasia do esmalte dentário;
- Artralgias ou artrites;
- Constipação intestinal refratária ao tratamento;
- Atraso puberal, irregularidade do ciclo menstrual;
- Esterilidade;
- Aborto de repetição;
- Ataxia, epilepsia (isolada ou associada a calcificação cerebral), neuropatia periférica, miopatia;
- Manifestações psiquiátricas (depressão, autismo, esquizofrenia);
- Úlcera aftosa recorrente;
- Elevação das enzimas hepáticas sem causa aparente;
- Fraqueza ou perda de peso sem causa aparente;
- Edema de aparição abrupta após infecção ou cirurgia;
GRUPOS DE RISCO:
- Familiares de primeiro grau de pacientes com doença celíaca;
- Anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral;
- Redução da densidade mineral óssea;
- Atraso puberal ou baixa estatura sem causa aparente;
- Portadores de doenças auto-imunes como diabetes melito insulino dependente, tireoidite auto-imune, deficiência seletiva de IgA, síndrome de Sjögren, colestase auto-imune, miocardite auto-imune;
- Síndrome de Down;
- Síndrome de Turner;
- Síndrome de Williams;
- Infertilidade;
- História de aborto espontâneo;
- Dermatite herpetiforme
Informações retiradas do site: http://www.semgluten.com.br
Quem sou eu
- Andréa Gigliotti Moreira Costa
- *Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838
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