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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

domingo, 22 de julho de 2012

Saúde dos ossos



A osteoporose é considerada, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), como o segundo maior problema de saúde no mundo, perdendo apenas para as enfermidades cardiovasculares. A osteoporose é uma doença esquelética caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração dos ossos, com consequente aumento da sua fragilidade e suscetibilidade à fratura. No Brasil, a cada ano, 70 mil pessoas fraturam o quadril, sendo que pelo menos 15 mil morrerão de complicações nos primeiros seis meses após o acidente e metade irá necessitar de cuidados especiais para realização de atividades cotidianas.
A osteoporose acomete ambos os sexos; no entanto, é mais comum em mulheres na pós-menopausa devido à diminuição dos níveis de estrógeno, hormônio que tem ação protetora sobre o osso. Além da deficiência estrogênica, outros fatores também influenciam na redução e perda de massa óssea, como baixa ingestão de cálcio, vitamina D, magnésio, zinco e cobre, além de baixa exposição solar.
Recentemente, a revista Vida saúde apresentou uma matéria sobre os alimentos ideais para manutenção de ossos fortes e saudáveis. Como muitos já sabem, um dos passos necessários no combate a essa doença é a ingestão adequada de cálcio. O cálcio é um mineral chave na manutenção da saúde óssea, sendo encontrado principalmente em vegetais de folhas verdes escuras, como brócolis e couve, repolho, leite e derivados e queijo tofu. De fato, o leite de vaca é um alimento com grande quantidade de cálcio; no entanto, a fração de cálcio que é absorvida pelo organismo é pequena. Por outro lado, o brócolis e a couve, apesar de possuírem uma menor quantidade de cálcio em relação ao leite de vaca, estes são muito mais facilmente absorvidos pelo corpo humano. Ao contrário do que muitos profissionais de saúde pensam, estudos demonstram que a suplementação isolada de cálcio não é efetiva no tratamento da osteoporose, sendo necessária a presença de outras vitaminas e minerais.
Além do cálcio, outros nutrientes são necessários para que este seja fixado nos ossos. A vitamina D, por exemplo, exerce papel fundamental na saúde esquelética. Pode ser encontrada em alimentos de origem animal como o ovo, fígado, leite e derivados. O corpo humano possui a capacidade de produzir vitamina D a partir da ação dos raios ultravioletas sob a pele. Após poucos minutos de exposição solar, a pele produz quantidades que excedem facilmente as fontes alimentares. Porém, a baixa exposição ao sol, o uso de bloqueadores solares e a pele envelhecida dos idosos retardam a conversão da vitamina D para sua forma ativa, comprometendo a mineralização dos ossos.
Na deficiência de magnésio, este é retirado dos ossos, na tentativa de manter o equilíbrio bioquímico do organismo. O magnésio é necessário para a formação da trabécula, uma estrutura interna dos ossos. Consequentemente, a mineralização fica prejudicada e ocorre perda de massa óssea. Além de formar a estrutura do osso, o magnésio aumenta o número de osteblastos (células responsáveis pelo aumento da densidade mineral óssea) e diminui o número de osteoclastos (relacionados com perda de massa óssea). Fontes alimentares de magnésio são, principalmente, os vegetais folhosos verdes escuros, como o espinafre, e sementes oleaginosas, como as amêndoas.
Para que ocorra a formação da trabécula e adequada mineralização óssea, além do magnésio são necessários outros nutrientes como cobre e zinco. A presença de cobre é importante para que haja incorporação do colágeno e da elastina à matriz óssea, enquanto que o zinco aumenta os osteblastos e a produção de colágeno. Frutos do mar, como ostras e caranguejo, cereais integrais, fígado e sementes oleaginosas, como nozes e castanha de caju são importantes fontes de cobre e zinco.
Dessa forma, com o aumento da expectativa de vida e consequente envelhecimento da população brasileira, o tratamento e, principalmente, a prevenção da osteoporose merecem uma atenção maior pelos profissionais de saúde e de toda a população. Portanto, não aguarde o desenvolvimento da doença e procure um profissional capacitado.
Referências Bibliográficas
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2. MOREIRA, F. F.; DE ARAGÃO, K. G. C. B. Osteoporose: um artigo de atualização. Monografia; Goiânia, 2004.
3. ARANHA, L. L. M.; CANELO, J. A. M.; SARDÓN, M. A. et al. Qualidade de vida relacionada à saúde em espanholas com osteoporose. Rev Saúde Pública; 40(2): 298-303, 2006.
4. AMADEI, S. U.; SILVEIRA, V. A. S.; PEREIRA, A. C. et al. A influência da deficiência estrogênica no processo de remodelação e reparação óssea. J Bras Patol Med Lab; 42(1): 5-12, 2006.
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texto retirado do site: www.vponline.com.br

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