O colágeno hidrolisado é obtido a partir da hidrólise enzimática da gelatina ou da fibra de colágeno. A ingestão de peptídeos de colágeno hidrolisado melhora a função da epiderme e da derme, aumentando o diâmetro e a densidade das fibras de colágeno na derme, pela melhoria da força mecânica da pele. A força mecânica exercida sobre o fibroblasto desenvolve efeitos estimulatórios sobre a síntese de colágeno celular.
Diversos estudos demonstram que a ingestão de colágeno hidrolisado pode auxiliar na deficiência de cálcio e aumentar a densidade óssea, contribuindo para a prevenção da osteoporose. Além disso, as pesquisas também verificam que o colágeno hidrolisado reduz a dor em pacientes que sofrem de osteoartrite e tem potencial para redução de radicais livres e atividade anti-hipertensiva.
O colágeno é a mais abundante proteína animal, constituída principalmente pelos aminoácidos glicina, prolina e lisina, sendo o principal elemento fibroso da pele, ossos, tendões e dentes. Está presente em quantidades variáveis em quase todos os órgãos e contribui para exercer ação de suporte na estrutura geral dos tecidos. Entretanto, a ingestão oral mais eficiente ocorre na forma hidrolisada. A biodisponibilidade da proteína no colágeno hidrolisado é maior, quando comparado ao não hidrolisado, devido ao reduzido tamanho das cadeias peptídicas, o que facilita a absorção.
Proksch e colaboradores realizaram um estudo com o objetivo de avaliar a eficácia do colágeno hidrolisado em parâmetros relacionados com o envelhecimento cutâneo. O estudo foi do tipo duplo-cego, controlado por placebo, que avaliou 69 mulheres com idade entre 35-55 anos. Os pesquisadores observaram que a suplementação de 2,5 g ou 5,0 g de colágeno hidrolisado uma vez ao dia durante oito semanas melhorou significativamente a elasticidade da pele das mulheres participantes. Entretanto, os pesquisadores ressaltam que a formação de colágeno na pele e os benefícios associados com a ingestão do colágeno hidrolisado é dependente da ingestão de outros nutrientes, como a vitamina C e silício.
Estudo realizado por Bruyère e colaboradores demonstrou, em 200 pacientes acima de 50 anos de idade com dor articular, que a suplementação com 1200 mg/dia de colágeno hidrolisado durante seis meses melhorou os resultados clínicos e reduziu as queixas de dores nas articulações.
Outro estudo, realizado com 147 atletas que relatavam dores articulares, demonstrou que a suplementação com 10 g de colágeno hidrolisado durante vinte e quatro semanas melhorou significativamente os sintomas. De acordo com os autores, os resultados desse estudo têm implicações para o uso do colágeno hidrolisado para melhorar a saúde das articulações e, possivelmente, reduzir o risco de deterioração das articulações em atletas.
Apesar dos inúmeros benefícios associados com o uso de colágeno hidrolisado, ainda existe a necessidade de mais estudos clínicos que fundamentem as alegações e aplicações clínicas.
texto retirado do site: nutritotal.com.br
Quem sou eu
- Andréa Gigliotti Moreira Costa
- *Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838
domingo, 6 de outubro de 2013
domingo, 11 de agosto de 2013
Yacon - Super saboroso e saudável adoçante
O xarope de Yacon é uma excelente forma de sustituir o açúcar comum... ainda não encontramos facilmente, mas acredito que em pouco tempo estará disponível em muitas casas de produtos naturais.
"Espremido ao natural da raíz, o xarope deste tubérculo é um verdadeiro presente da natureza utilizado desde há séculos pelos povos dos Andes peruanos.
O Yacon tem uma fibra especial chamada frutooligossacarídeos (FOS) que é considerada prebiótico uma vez que promove selectivamente o crescimento de probióticos como Acidophillus e Bifidus. Essa característica faz com que os FOS promovam uma série de benefícios à saúde humana, tais como a redução do colesterol, redução da obstipação e fortalecimento do sistema imunológico entre outros.
O Yacon contem quantidades significativas de potássio e antioxidantes que auxiliam na redução dos danos por radicais livres, em especial no cólon. Ajuda igualmente a gerir os níveis de colesterol e triglicéridos no corpo, assim como o metabolismo das gorduras em geral. A frutose do Yacon é adequada para diabéticos".
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Dieta X qualidade do sono
Estudos epidemiológicos têm demonstrado ligações entre a duração do sono e dieta. A privação do sono pode modificar as escolhas alimentares, e essas últimas influenciam a qualidade e duração do sono. A duração reduzida do sono, por sua vez, tem sido associada com transtornos metabólicos e aumento da prevalência de obesidade.
O sono é considerado adequado quando não há sonolência diurna ou disfunção durante o sono. A quantidade de sono que um indivíduo precisa varia individualmente e depende de vários fatores, especialmente a idade. A maioria dos adultos necessita de cerca de 7 a 8 horas de sono por dia.
Estudo publicado na revista Appetite demonstrou que os indivíduos que apresentam uma dieta nutricionalmente equilibrada e variada estavam mais propensos a fazer parte do grupo que dormia oito horas. Por outro lado, os indivíduos que apresentavam dieta desequilibrada apresentaram maior chance de estar no grupo de pessoas que dormiam pouco. Outro estudo demonstrou que o alto consumo de alimentos ricos em gorduras está associado com o aumento da sonolência diurna.
Tanaka e colaboradores (2013) verificaram que a baixa ingestão de proteína (<16 16="" 50="" a="" al="" alta="" associada="" baixa="" br="" carboidratos="" com="" comparado="" de="" dificuldade="" disso="" do="" e="" em="" energ="" enquanto="" foi="" ingest="" iniciar="" m="" maior="" manter="" na="" o="" pior="" prote="" qualidade="" que="" sono.="" sono="" tico="" total="" valor="" vet="">
Existem também estudos indicando que algumas frutas, como cerejas, promovem melhor qualidade do sono. Um estudo piloto duplo cego demonstrou que o suco natural de cereja, consumido duas vezes ao dia, reduziu a insônia em 15 idosos, e o tempo necessário para adormecer foi reduzido em 17 minutos. Entretanto, ainda são necessários mais estudos para confirmar esses resultados e os mecanismos ainda precisam ser esclarecidos.
Deficiências de vitaminas do complexo B e minerais podem perturbar o sono, por reduzir a secreção da melatonina, um hormônio secretado especialmente à noite, que influencia a regulação do sono.
De maneira geral, o sono adequado é positivamente associado com comportamentos relacionados à saúde, como a adoção de uma dieta saudável. Evidências sugerem que os indivíduos que dormem menos são mais propensos a consumir alimentos ricos em energia, obter maior proporção de calorias provenientes de gorduras ou carboidratos refinados, consumir menor proporção de legumes e frutas, ter padrões de refeição mais irregulares, além de consumir alimentos do tipo fast-food mais frequentemente do que aqueles que dormem mais.16>
Texto escrito por Rita de Cássia Borges de Castro, retirado do site: nutritotal.com.br
domingo, 19 de maio de 2013
Alimentação da nutriz
Durante o período de amamentação a mãe deve manter uma dieta balanceada, equilibrada e individualizada para evitar reações como gases, cólicas, irritabilidade e reações alérgicas em seu bebê.
A mãe deve procurar orientação de um profissional nutricionista para fazer as adequações em sua dieta, estas orientações devem ser o mais individual possível, porém vou destacar algumas orientações gerais que podem ajudar as mamães neste período:
- A mãe deve ingerir de 3 a 4 litros de água ao dia, esta é uma orientação que deve ser levada a risca para as mães que estão amamentando!!
- Manter uma alimentação rica em nutrientes com muitos legumes, verduras e frutas;
- Evitar o máximo possível o consumo de alimentos industrializados como enlatados, embutidos, fast food, excesso de açúcar, refrigerantes e alimentos que a mãe sente que aumenta a produção de gases;
- Consumir cereais integrais;
- Realizar 6 refeições ao dia;
- Não consumir bebidas alcoólicas e cigarro;
- Evitar o consumo de alimentos estimulantes como café e alguns chás;
- Observar as reações do bebê quando a mãe consumir alimentos que que tendem a fermentar e casusar cólica como: brócolis, couve flor, repolho, nabo, couve-de-bruxelas;
- O leite e derivados (queijo, iogurte, manteiga, etc) podem causar reações alérgicas em alguns bebês. Os sintomas podem aparecer em minutos ou até horas após a mamada. Podem aparecer como diarreia, reações na pele, gases, coriza ou congestão nasal e tosse;
- O chocolate pode causar irritabilidade e aumentar o peristaltismo intestinal do bebê;
- As leguminosas (feijões, grãos, favas e lentilhas) são ricas em nutrientes, mas podem causar a formação de gases em certos bebês. Caso isso ocorra, a nutriz pode, inicialmente, variar a qualidade, reduzir a quantidade e fracionar entre as refeições o consumo dos alimentos deste grupo;
- Alimentos que mais frequentemente causam alergia em bebês são: leite e seus derivados, trigo, frutas cítricas, milho, nozes, avelãs, amendoins, amêndoas e mariscos. No caso de reações evidentes, a nutriz deve cortar o consumo dos referidos alimentos e receber orientações específicas acerca da substituição deste alimento ou grupo de alimentos por outros.
Além destas orientações é fundamental que a nutriz descanse durante os períodos de sono do recém nascido. Isto prolonga o tempo da amamentação e colabora para a melhor produção de leite.
A mãe deve procurar orientação de um profissional nutricionista para fazer as adequações em sua dieta, estas orientações devem ser o mais individual possível, porém vou destacar algumas orientações gerais que podem ajudar as mamães neste período:
- A mãe deve ingerir de 3 a 4 litros de água ao dia, esta é uma orientação que deve ser levada a risca para as mães que estão amamentando!!
- Manter uma alimentação rica em nutrientes com muitos legumes, verduras e frutas;
- Evitar o máximo possível o consumo de alimentos industrializados como enlatados, embutidos, fast food, excesso de açúcar, refrigerantes e alimentos que a mãe sente que aumenta a produção de gases;
- Consumir cereais integrais;
- Realizar 6 refeições ao dia;
- Não consumir bebidas alcoólicas e cigarro;
- Evitar o consumo de alimentos estimulantes como café e alguns chás;
- Observar as reações do bebê quando a mãe consumir alimentos que que tendem a fermentar e casusar cólica como: brócolis, couve flor, repolho, nabo, couve-de-bruxelas;
- O leite e derivados (queijo, iogurte, manteiga, etc) podem causar reações alérgicas em alguns bebês. Os sintomas podem aparecer em minutos ou até horas após a mamada. Podem aparecer como diarreia, reações na pele, gases, coriza ou congestão nasal e tosse;
- O chocolate pode causar irritabilidade e aumentar o peristaltismo intestinal do bebê;
- As leguminosas (feijões, grãos, favas e lentilhas) são ricas em nutrientes, mas podem causar a formação de gases em certos bebês. Caso isso ocorra, a nutriz pode, inicialmente, variar a qualidade, reduzir a quantidade e fracionar entre as refeições o consumo dos alimentos deste grupo;
- Alimentos que mais frequentemente causam alergia em bebês são: leite e seus derivados, trigo, frutas cítricas, milho, nozes, avelãs, amendoins, amêndoas e mariscos. No caso de reações evidentes, a nutriz deve cortar o consumo dos referidos alimentos e receber orientações específicas acerca da substituição deste alimento ou grupo de alimentos por outros.
Além destas orientações é fundamental que a nutriz descanse durante os períodos de sono do recém nascido. Isto prolonga o tempo da amamentação e colabora para a melhor produção de leite.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Relação entre depressão e dieta
Várias evidências sugerem que os fatores relacionados com o estilo de vida, como a qualidade da dieta contribuem para a prevenção e o tratamento da depressão. Um estudo observacional realizado com 1.046 mulheres demonstrou que um padrão dietético alimentar saudável foi associado com um risco reduzido de distúrbios depressivos clinicamente diagnosticados, enquanto que um padrão dietético rico em alimentos processados e gorduras saturadas foram associados ao aumento de sintomas da depressão.
Diversos estudos demonstram que a depressão compartilha mecanismos fisiopatológicos comuns com a síndrome metabólica, obesidade e doenças cardiovasculares. Os processos metabólicos e inflamatórios, como a redução da sensibilidade à insulina, aumento dos níveis sanguíneos de homocisteína, aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias e disfunção endotelial podem ser os fatores responsáveis pela ligação entre a depressão e distúrbios cardiometabólicos.
Por essa razão, padrões dietéticos que reduzem a obesidade e o risco para doenças cardiovasculares podem estar relacionados com a prevenção e contribuir com o tratamento da depressão. Estudos de coorte têm sugerido um papel promissor entre a dieta mediterrânea e prevenção primária da depressão. O estudo de Sánchez-Villegas, em 2009, demonstrou que a maior aderência ao padrão da dieta mediterrânea foi associada com uma redução substancial do risco de depressão.
Outros estudos identificaram que o consumo excessivo de ácidos graxos trans e alimentos do tipo “fast-food” podem estar associados com o aumento do risco de depressão, enquanto que os ácidos graxos ômega-3 e a ingestão de azeite de oliva podem reduzir esse risco.
Texto editado e retirado do site: www.nutrital.com.br
Diversos estudos demonstram que a depressão compartilha mecanismos fisiopatológicos comuns com a síndrome metabólica, obesidade e doenças cardiovasculares. Os processos metabólicos e inflamatórios, como a redução da sensibilidade à insulina, aumento dos níveis sanguíneos de homocisteína, aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias e disfunção endotelial podem ser os fatores responsáveis pela ligação entre a depressão e distúrbios cardiometabólicos.
Por essa razão, padrões dietéticos que reduzem a obesidade e o risco para doenças cardiovasculares podem estar relacionados com a prevenção e contribuir com o tratamento da depressão. Estudos de coorte têm sugerido um papel promissor entre a dieta mediterrânea e prevenção primária da depressão. O estudo de Sánchez-Villegas, em 2009, demonstrou que a maior aderência ao padrão da dieta mediterrânea foi associada com uma redução substancial do risco de depressão.
Outros estudos identificaram que o consumo excessivo de ácidos graxos trans e alimentos do tipo “fast-food” podem estar associados com o aumento do risco de depressão, enquanto que os ácidos graxos ômega-3 e a ingestão de azeite de oliva podem reduzir esse risco.
Texto editado e retirado do site: www.nutrital.com.br
quarta-feira, 17 de abril de 2013
ALIMENTOS PROTETORES CONTRA O CÂNCER DE PRÓSTATA
* Texto elaborado pelo depto. científico da VP Consultoria Nutricional
Um dos tumores mais incidentes no mundo masculino, o câncer de próstata, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), fez 60 mil vítimas em 2012, e um total de 12.778 mortes no ano de 2010. O câncer é caracterizado como enfermidade multicausal crônica constituída por um crescimento desorganizado de células que tendem a perder sua diferenciação e sua prevenção, seja ele de qualquer tipo, tem sido cada vez mais estudada no campo científico. Este crescimento anormal de células de forma progressiva pode ir além de seus limites habituais e invadir tecidos adjacentes, levando ao acometimento de outros órgãos, processo este chamado de metástase, responsável pela principal causa de morte destes pacientes.
Uma reportagem publicada recentemente online no site IG, nos remete a uma entrevista que mostra os dez alimentos comprovados cientificamente que tem influência na prevenção do câncer de próstata: tomate, brócolis, linhaça, goiaba, cenoura, repolho, soja, mamão, couve-flor e melancia. Deste modo, fica evidente a preocupação da população masculina no que refere a este assunto – mas será que apenas estes estão relacionados a uma quimioproteção, ou é um conjunto de fatores que aliados interferem na progressão e prevenção deste tipo de câncer?
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma), sendo o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, e representa cerca de 10% do total de cânceres. Segundo o INCA a maior parte dos casos de câncer de próstata tem ocorrido em homens acima de 65 anos e é caracterizado por um crescimento lento e silencioso que ocorre com o passar dos anos.
Fatores genéticos e ambientais (físicos, biológicos e químicos) estão relacionados ao desenvolvimento de uma célula tumorosa, formada inicialmente a partir da mutação ou por alguma ativação anormal de genes que controlam o crescimento e mitose celulares, chamados por sua vez de oncogenes. A ação destes genes específicos acarreta em uma proliferação desordenada da célula, seguida por uma série de mutações de genes. Estas células que sofrem mutação nem sempre levam ao câncer, podendo ser destruídas pelo sistema imune do indivíduo.
Evidências têm mostrado que entre outros fatores, a alimentação tem um papel importante nos estágios de iniciação, promoção e propagação do câncer, sendo que uma dieta adequada poderia prevenir de três a quatro milhões de casos novos de cânceres a cada ano. Diante disso, componentes dietéticos podem sim ser efetivos agentes quimioprotetores, ao reduzir o desenvolvimento do câncer por meio de vários mecanismos em diferentes fases da carcinogênese.
Dos carotenoides que não exercem atividade pró-vitamina A, o licopeno tem um importante efeito protetor, especialmente no câncer de próstata, sendo que a maior fonte deste composto é o tomate, que quando cozido apresenta maior disponibilidade. Alguns estudos mostram que o consumo de tomate revelou reduzir do risco de câncer de próstata em indivíduos acompanhados por vários anos com aplicação de questionário alimentar. Um estudo realizado nos Estados Unidos identificou a concentração de licopeno no plasma sanguíneo e revelou que indivíduos com mais de 65 anos apresentavam uma relação inversa entre níveis de licopeno e risco de câncer de próstata, o que evidencia um provável efeito protetor do mesmo neste tipo de câncer.
Além do licopeno, a vitamina E se mostra quimioprotetora do câncer de próstata conforme algumas pesquisas atuais. Um estudo com homens finlandeses revelou uma redução significativa dos casos de câncer de próstata nos indivíduos que receberam Vitamina E. Assim sendo, alimentos ricos em vitamina E como o gérmen de trigo (fonte mais importante), óleos de soja, arroz, algodão, milho e girassol, amêndoas, nozes e castanhas poderiam estar contribuindo para uma possível redução de risco destes tipos de câncer. Outra potente aliada contra o câncer de próstata segundo alguns estudos é a vitamina D, cujos estudos mostram que a deficiência pode levar a um aumento do risco de câncer de próstata.
Cultivados em solos ricos em selênio, os cereais integrais, castanha do Brasil, farelo de trigo, sementes de girassol e leguminosas, também podem conferir proteção contra certos tipos de cânceres, entre eles o de próstata, pois este mineral atua como antioxidante contra danos da integridade de membrana e da redução da hipermetilação do DNA. Outro possível aliado na proteção contra o câncer de próstata é o resveratrol, importante polifenol, encontrado principalmente nas cascas e sementes das uvas escuras, que pode agir em diferentes fases da carcinogênse (iniciação, promoção e propagação).
Devido a sua constituição rica em nutrientes (folato, fibras, carotenóides e clorofila) e fitoquímicos, as crucíferas (repolho, a couve de Bruxelas, a couve-flor e o brócolis) têm sido amplamente estudadas em relação à prevenção do câncer. Estudos epidemiológicos tem mostrado associação inversa no consumo destes vegetais incluindo com o risco de câncer de próstata. Alguns estudos mostram uma redução de 41% do risco deste tipo de câncer nos homens que consumiam três ou mais porções destes vegetais por semana, em comparação ao grupo que consumia apenas uma vez. Acredita-se que este efeito protetor pode ser mediado, entre outros fatores, por produtos da hidrólise de glicosinolatos presentes nas crucíferas (indóis e isotiocianatos) por meio da atividade da glutationa S-tranferase (GST), que atua na fase II da destoxificação, contribuindo para inativação da carcinogênese e compostos cancerígenos reativos, de forma a proteger o DNA de danos causados por agentes nocivos.
Pela sua composição rica em compostos fenólicos, vitamina C e minerais, o cranberry e seus produtos também têm sido relacionados a uma ação quimiopreventiva contra alguns tipos de câncer devido a sua ação antioxidante, ou seja, exercendo forte poder de proteção que deve ser considerado. Além disso, outros aliados importantes são o chá verde, a soja e a curcumina presente no açafrão. Os componentes bioativos do chá verde por exemplo, mostraram em alguns estudos reduzir a progressão do câncer de próstata nas fases iniciais, porém não nas posteriores; já a soja pode reduzir alguns marcadores inflamatórios. Por outro lado a curcumina, tem mostrado reduzir o adenocarcinoma da próstata in vivo.
Diante destas informações uma alimentação saudável por meio de alimentos diversificados, ricos em vitaminas, minerais e compostos bioativos torna-se essencial na busca de melhor qualidade de vida e longevidade de uma população. Neste contexto, a busca de um efeito quimiopreventivo destes nutrientes e compostos específicos deve ser parte integrante de um acompanhamento nutricional diferenciado, cujo objetivo é suprir deficiências, manter qualidade de vida e prevenir patologias específicas. Assim sendo, uma alimentação nutricionalmente equilibrada, ou seja, com ingestão adequada de alimentos saudáveis e fontes de compostos bioativos importantes, além da modulação da saúde intestinal a fim de permitir melhor absorção destes nutrientes, aliado a atividade física regular e uma redução no consumo de alimentos pró-oxidantes seria uma estratégia potencial na prevenção dos variados tipos de câncer, inclusive o câncer de próstata. Ou seja, equilibrio e qualidade de vida sempre.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PRÓSTATA. Disponível em:
KIM MK, PARK JH. Conference on “Multidisciplinary approaches to nutritional problems”. Symposium on “Nutrition and health”. Cruciferous vegetable intake and the risk of human cancer: epidemiological evidence. Proc Nutr Soc; 68: 103–110, 2009
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VERHOEVEN, D.T.; GOLDBOHM, R.A.; VAN POPPEL, G.; VERHAGEN, H.; VAN DEN BRANDT, P.A. Epidemiological studies on brassica vegetables and cancer risk. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev; 5:733–748, 1996
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Peito de peru: aliado ou inimigo da dieta?
Peito de peru: aliado ou inimigo da dieta?
Cuidado! Muitas vezes nos equivocamos ao escolher os alimentos,
tendo o falso conceito que são mais saudáveis. O peito de peru é um exemplo
clássico, já que é muito utilizado em lanches naturais, sendo a opção
considerada a mais saudável, por conter menor teor de gordura em relação aos
outros embutidos e hambúrgueres. Entretanto, o peito de peru na forma embutida,
apesar de ser uma opção mais magra, é rico em sal e em diversos aditivos
químicos, de maneira semelhante ao presunto, linguiça e mortadela. Substitua por
atum e sardinha, opções práticas e mais saudáveis, por serem ricas em gorduras
benéficas (ômega-3).
retirado do site: www. vponline.com.br
domingo, 24 de março de 2013
Esclerose múltipla e desequilíbrios nutricionais
A abordagem nutricional no tratamento da esclerose múltipla (EM) deve ser adaptada às necessidades individuais e de acordo com as manifestações clínicas do paciente. Isso porque a conduta nutricional ainda não está bem estabelecida devido à falta de estudos e diretrizes na área.
Apesar de não existir uma abordagem nutricional específica, alguns micronutrientes e compostos bioativos de alimentos são capazes de modular o estresse oxidativo e inibir a produção de moléculas inflamatórias associadas com a EM. Entre eles, os mais importantes são os polifenóis, carotenoides, ácidos graxos ômega-3, vitamina D, selênio e zinco.
O uso de antioxidantes na EM baseia-se na constatação de que o estresse oxidativo, em particular a geração excessiva de espécies reativas de oxigênio (EROs), é um dos componentes mais importantes envolvidos na inflamação e dano neuronal. Por essa razão, a ingestão adequada de antioxidantes, como os polifenóis, carotenoides, selênio e vitamina C pode ser útil para restaurar o equilíbrio oxidativo.
A vitamina D possui um efeito promissor no tratamento de doenças autoimunes devido ao seu papel imunomodulador e sua deficiência é frequentemente encontrada em pacientes com EM.
Os pacientes medicados com esteroides apresentam baixos níveis de zinco e sua deficiência podem predispor os pacientes às úlceras por pressão e causar prejuízos no funcionamento do sistema imune.
Os ácidos graxos ômega-3 (especialmente os ácido eicosapentaenoico [EPA] e ácido docosahexaenoico [DHA]) possuem atividades anti-inflamatória e imunomoduladora, além de exercer efeitos neuroprotetores.
Entretanto, estudos que avaliem abordagens nutricionais específicas são necessárias para confirmar os benefícios desses compostos no tratamento da EM.
A doença é caracterizada por uma reação das células de defesa do sistema imune, as quais, desconhecendo os lipídeos e as proteínas da bainha de mielina como próprias do indivíduo, a atacam e destroem. A degeneração dos axônios impede a comunicação entre os neurônios pela impossibilidade da passagem do impulso elétrico, estabelecendo-se as incapacidades motoras e cognitivas do indivíduo.
A EM é uma doença inflamatória, crônica, desmielinizante (que destrói a bainha de mielina), que prejudica o funcionamento do sistema nervoso central (SNC) por processo autoimune. Trata-se de uma doença multifatorial complexa, em que os hábitos alimentares podem estar envolvidos em sua patogênese.
Os pacientes com EM frequentemente apresentam diferentes desequilíbrios nutricionais, principalmente em decorrência da terapia medicamentosa. O sobrepeso e a obesidade estão geralmente associados ao uso de esteroides, dificuldade de locomoção e menor gasto energético. Por outro lado, o baixo peso ou o desenvolvimento de caquexia podem ser ocasionados pelo uso de drogas imunossupressoras e inibidoras do apetite.
Texto escrito por Rita de Cássia Borges de Castro
Apesar de não existir uma abordagem nutricional específica, alguns micronutrientes e compostos bioativos de alimentos são capazes de modular o estresse oxidativo e inibir a produção de moléculas inflamatórias associadas com a EM. Entre eles, os mais importantes são os polifenóis, carotenoides, ácidos graxos ômega-3, vitamina D, selênio e zinco.
O uso de antioxidantes na EM baseia-se na constatação de que o estresse oxidativo, em particular a geração excessiva de espécies reativas de oxigênio (EROs), é um dos componentes mais importantes envolvidos na inflamação e dano neuronal. Por essa razão, a ingestão adequada de antioxidantes, como os polifenóis, carotenoides, selênio e vitamina C pode ser útil para restaurar o equilíbrio oxidativo.
A vitamina D possui um efeito promissor no tratamento de doenças autoimunes devido ao seu papel imunomodulador e sua deficiência é frequentemente encontrada em pacientes com EM.
Os pacientes medicados com esteroides apresentam baixos níveis de zinco e sua deficiência podem predispor os pacientes às úlceras por pressão e causar prejuízos no funcionamento do sistema imune.
Os ácidos graxos ômega-3 (especialmente os ácido eicosapentaenoico [EPA] e ácido docosahexaenoico [DHA]) possuem atividades anti-inflamatória e imunomoduladora, além de exercer efeitos neuroprotetores.
Entretanto, estudos que avaliem abordagens nutricionais específicas são necessárias para confirmar os benefícios desses compostos no tratamento da EM.
A doença é caracterizada por uma reação das células de defesa do sistema imune, as quais, desconhecendo os lipídeos e as proteínas da bainha de mielina como próprias do indivíduo, a atacam e destroem. A degeneração dos axônios impede a comunicação entre os neurônios pela impossibilidade da passagem do impulso elétrico, estabelecendo-se as incapacidades motoras e cognitivas do indivíduo.
A EM é uma doença inflamatória, crônica, desmielinizante (que destrói a bainha de mielina), que prejudica o funcionamento do sistema nervoso central (SNC) por processo autoimune. Trata-se de uma doença multifatorial complexa, em que os hábitos alimentares podem estar envolvidos em sua patogênese.
Os pacientes com EM frequentemente apresentam diferentes desequilíbrios nutricionais, principalmente em decorrência da terapia medicamentosa. O sobrepeso e a obesidade estão geralmente associados ao uso de esteroides, dificuldade de locomoção e menor gasto energético. Por outro lado, o baixo peso ou o desenvolvimento de caquexia podem ser ocasionados pelo uso de drogas imunossupressoras e inibidoras do apetite.
Texto escrito por Rita de Cássia Borges de Castro
sábado, 2 de março de 2013
Ômega-3 e déficits neurológicos
As evidências do uso do ácido graxo ômega-3 em transtornos mentais e psiquiátricos são relativamente recentes, mas mostram-se benéficas e promissoras.
Transtornos mentais são importantes causas de disfunção neurológica no mundo todo, afetando desproporcionalmente mulheres, crianças e adolescentes. Com o objetivo de elucidar as possíveis causas e consequências de doenças mentais, pesquisadores começaram a estudar o papel da nutrição na saúde mental. Evidências indicam que os ácidos graxos essenciais, como os da família do ômega-3, apresentam papel fundamental na prevenção e tratamento de diversos transtornos mentais e neurológicos (1,2).
Ácidos graxos ômega-3 são essenciais durante todo o ciclo da vida para o desenvolvimento e funcionamento normal do cérebro. O tecido cerebral é predominantemente composto de lipídeos, incluindo os saturados, monoinsaturados e poli-insaturados. Dentre os ácidos graxos poli-insaturados, o ômega-3 corresponde por cerca de 10 a 20% do total da composição de ácidos graxos no cérebro (1), pois são componentes estruturais fundamentais das membranas de neurônios e também estão envolvidos na bioquímica do desenvolvimento e processos cerebrais e neuronais do sistema nervoso central (3).
Apesar da importância do ômega-3 já estar evidenciada na literatura científica, o consumo de ômega-3 pela população geral, incluindo crianças e adolescentes, é frequentemente inadequado. Evidências sugerem que a deficiência de ômega-3 pode estar associada com diversos problemas de comportamento, desordens neurológicas e psiquiátricas, como por exemplo, déficit de atenção, dislexia, autismo, transtornos bipolares, esquizofrenia e depressão.
Revisão sistemática verificou que a suplementação com ômega-3 em crianças com transtornos de déficit de atenção e hiperatividade é benéfica na melhora dos sintomas gerais, porém modesta (4). Em crianças autistas, resultados premiliminares demonstram que a suplementação com ômega-3 melhora a habilidade motora e cognitiva, sociabilidade, contato visual e concentração, além de reduzir a agressividade, irritabilidade e hiperatividade (5-7)
Referência (s)
1. McNamara RK, Carlson SE. Role of omega-3 fatty acids in brain development and function: potential implications for the pathogenesis and prevention of psychopathology. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids. 2006;75(4-5):329-49.
2. Ramakrishnan U, Imhoff-Kunsch B, DiGirolamo AM. Role of docosahexaenoic acid in maternal and child mental health. Am J Clin Nutr 2009;89(suppl):958S–62S.
3. Schuchardt JP, Huss M, Stauss-Grabo M, Hahn A. Significance of long-chain polyunsaturated fatty acids (PUFAs) for the development and behaviour of children. Eur J Pediatr. 2010;169(2):149-64.
4. Bloch MH, Qawasmi A. Omega-3 Fatty Acid supplementation for the treatment of children with attention-deficit/hyperactivity disorder symptomatology: systematic review and meta-analysis. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2011;50(10):991-1000.
5. Amminger GP, Berger GE, Schafer MR, Klier C, Friedrich MH, Feucht M. Omega-3 fatty acids supplementation in children with autism: A double-blind randomized, placebo-controlled pilot study. Biological Psychiatry. 2007;61:551-3.
6. Bell JG, MacKinlay EE, Dick JR, MacDonald DJ, Boyle RM, Glen AC. Essential fatty acids and phospholipase A2 in autistic spectrum disorders. Prostaglandins Leukot and Essent Fatty Acids. 2004;71:201-4.
7. Bent S, Bertoglio K, Ashwood P, Bostrom A, Hendren RL. A pilot randomized controlled trial of omega-3 fatty acids for autism spectrum disorder. J Autism Dev Disord. 2011;41(5):545-54
texto retirado do site: www.nutritotal.com.br
sábado, 23 de fevereiro de 2013
BOA ALIMENTAÇÃO, ESTÔMAGO SAUDÁVEL
Em minha prática clínica observo melhora em 100% dos casos de problemas relacionados com dor de estômago, azia, empachamento, etc. É nítido para o paciente após a dieta quais alimentos são veneno para estes sintomas.
É fundamental tratar o intestino nestes casos também!!
Abaixo um excelente texto sobre o assunto, mas lembre-se de procurar sempre um profissional nutricionista para adequar e equilibrar sua dieta!
Texto elaborado pelo depto. científico da VP Consultoria Nutricional
Em países ocidentais, aproximadamente 25% dos adultos apresenta dores ou desconfortos estomacais. O alarmante número justifica-se nos hábitos de vida adotados por esta população: estresse, má alimentação, uso de álcool e fumo são fatores de risco para as patologias do estômago. Devido à alta prevalência, questões relacionadas a estas doenças têm sido constantemente abordadas pela mídia, como na recente publicação da revista Boa Forma intitulada “Dor de Estômago”.
As doenças do estômago mais comuns são a dispepsia funcional (na qual há desconforto gástrico sem alterações estruturais), a gastrite (caracterizada por inflamação visível do órgão) e a úlcera gástrica, na qual a mucosa estomacal apresenta ulcerações. Em todos os casos citados, a patogênese inclui colonização gástrica pela bactéria Helicobacter pylori, secreção deficiente de muco, inflamação da mucosa e aumento do estresse oxidativo. Tais fatores sofrem grande influência da dieta, ou seja: uma boa alimentação pode prevenir ou tratar eficientemente as doenças do estômago.
Um grande mito que permeia o tratamento de úlceras e gastrites é o de que a ingestão de leites e derivados é benéfica nestas patologias. Na verdade, o leite até pode aliviar os sintomas logo quando é ingerido, pois reduz a acidez estomacal, mas como é um alimento extremamente rico em proteínas, acaba por estimular ainda mais a secreção ácida, causando piora dos sintomas, minutos depois. Há também grande possibilidade de uma alergia às proteínas deste alimento aumentar a inflamação gástrica, agravando o quadro.
Alimentos contendo cafeína podem predispor o estômago à infecção por H. pylori. Por isso, café, chá mate, chocolates e refrigerantes podem piorar quadros de gastrites e úlceras. O sal em excesso é outro potente agressor do estômago. Pode causar dano tecidual e até aumentar o risco de câncer gástrico. Sendo assim, alimentos demasiadamente salgados, além de enlatados e embutidos, são também contraindicados em doenças gástricas. Bebidas alcoólicas agridem diretamente as células estomacais, aumentando o estresse oxidativo. São também prejudiciais ao tratamento de doenças do estômago.
A informação de que a dieta de portadores de úlceras e gastrites deve ser restrita em condimentos é extremamente difundida. A ciência, porém, tem demonstrado atividade antiulcerogênica de alguns temperos naturais, como a cúrcuma e o alecrim. A piperina presente na pimenta do reino, porém, tem demonstrado aumentar a secreção ácida no estômago, tendo efeito negativo sobre o tratamento de úlceras e gastrites. Quanto à tão temida pimenta vermelha, não há indícios de que possa agravar quadros de doenças gástricas. Têm sido descritos como antiulcerogênicos também vegetais da família das brássicas, como couve e repolho, e fitoterápicos, como Aloe vera e espinheira santa. Como cada organismo é único, indivíduos diferentes podem apresentar reações distintas à ingestão de diferentes alimentos. A tolerância individual deve ser sempre respeitada.
O tratamento medicamentoso incorreto de tais patologias, visando redução dos sintomas sem focar em suas causas, pode acarretar em consequências sérias. Os medicamentos redutores da acidez estomacal podem aliviar sintomas das doenças do estômago, mas seu uso em longo prazo ou em casos desnecessários resulta em um ciclo vicioso, em que as deficiências de micronutrientes e a baixa acidez estomacal facilitam a colonização por H. pylori. Sendo assim, o paciente não consegue se livrar do medicamento ou da doença.
A elevada ingestão de leite e derivados, alimentos salgados, frituras, bebidas alcoólicas e alimentos contendo cafeína contribui fortemente para a grande prevalência de dores e desconfortos estomacais em países ocidentais. A nutrição exerce papel central na homeostase do estômago, sendo essencial para a prevenção e o tratamento de suas doenças.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. ANTHONI, S.; SAVILAHTI, E.; RAUTELIN, H.; KOLHO, K.L. Milk protein IgG and IgA: the association with milk-induced gastrointestinal symptoms in adults. World J Gastroenterol; 15(39):4915-8, 2009.
2. BRENNER, H.; ROTHENBACHER, D.; BODE, G.; ADLER, G. Relation of smoking and alcohol and coffee consumption to active Helicobacter pylori infection: cross sectional study. BMJ; 315(7121): 1489–1492, 1997.
3. DIAS, P.C.; FOGLIO, M.A.; POSSENTI, A.; DE CARVALHO, J.E. Antiulcerogenic activity of crude hydroalcoholic extract of Rosmarinus officinalis L. J Ethnopharmacol; 69(1):57-62, 2000.
4. EAMLAMNAM, K.; PATUMRAJ, S.; VISEDOPAS, N.; THONG-NGAM, D. Effects of Aloe vera and sucralfate on gastric microcirculatory changes, cytokine levels and gastric ulcer healing in rats. World J Gastroenterol; 12(13):2034-9, 2006.
5. FURIHATA, C.; OHTA, H.; KATSUYAMA, T. Cause and effect between concentration-dependent tissue damage and temporary cell proliferation in rat stomach mucosa by NaCl, a stomach tumor promoter. Carcinogenesis; 17(3):401-6, 1996.
6. KLEINER, M.; ANDRÉ, S.B.; SAPORITI, L.; LAUDANNA, A.A. Papel do pantoprazol em baixa dose no tratamento ambulatorial da dispepsia funcional, das gastrites e da esofagite de refluxo leve. Rev Bras Med; 59(5):405-412, 2002.
7. MÓZSIK, G.; SZOLCSÁNYI, J.; DÖMÖTÖR, A. Capsaicin research as a new tool to approach of the human gastrointestinal physiology, pathology and pharmacology. Inflammopharmacology; 15(6):232-45, 2007.
8. ONONIWU, I.M.; IBENEME, C.E.; EBONG, O.O. Effects of piperine on gastric acid secretion in albino rats. Afr J Med Med Sci; 31(4):293-5, 2002.
9. SANTOS-OLIVEIRA, R.; COULAUD-CUNHA, S.; COLAÇO, W. Revisão da Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, Celastraceae. Contribuição ao estudo das propriedades farmacológicas. Rev Bras Farmacog; 19(2B): 650-659, 2009
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Benefícios dos fitoquímicos nos vegetais vermelhos
Estudos in vitro e in vivo demonstram que os fitoquímicos presentes nos vegetais vermelhos (como tomate, maçã, pimentões, morangos e outros) podem estar relacionados com a redução no risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes, além da prevenção de doenças cardiovasculares, câncer, e por melhorar funções visuais e cerebrais. Os efeitos estão relacionados, principalmente, pelas atividades antioxidantes, antiproliferativas e de sinalização celular.
Um dos principais fitoquímicos presentes nesses vegetais são as antocianinas, pigmentos solúveis em água, pertencente à classe dos flavonoides, responsáveis pelas cores que vão desde o vermelho-laranja para azul-violeta. Nos últimos anos, estudos demonstraram que as antocianinas exibem diversas atividades biológicas. Estudos experimentais e alguns estudos epidemiológicos têm revelado efeitos protetores dos vegetais ricos em antocianinas na redução do risco de desenvolvimento de câncer gastrintestinal.
Outra substância bastante estudada é o licopeno, carotenoide responsável pela cor vermelha do tomate, goiaba e outros, devido às suas propriedades físico-químicas e biológicas na prevenção de doenças crônicas, como câncer, doenças neurodegenerativas e cardiovasculares, em que o estresse oxidativo é um importante fator etiológico.
Além dessas substâncias existem diversos compostos bioativos que interagem sinergicamente para reparar danos resultantes do estresse oxidativo e inflamação. Entretanto, mais estudos são necessários para confirmar os potenciais mecanismos de ação, a biodisponibilidade, bem como a recomendação de ingestão desses vegetais contendo esses compostos.
texto retirado do site: nutritotal.com.com
Eixo cérebro-intestino: como a microbiota influencia a ansiedade e depressão
Nos
primeiros dias de vida, os seres humanos são colonizados por microbiota
intestinal comensal. Neste estudo, foram revisados os recentes achados mostrando
a importância de uma microbiota saudável para a função cerebral normal. Os
estudos acessados mostraram que as bactérias do trato gastrointestinal,
incluindo as comensais, probióticas e patogênicas, podem ativar vias neurais e
sistemas de sinalização do sistema nervoso central. Ensaios experimentais
evidenciaram que a alteração na microbiota intestinal exerce forte impacto sobre
ansiedade, sendo que as alterações de comportamento relacionaram-se com o status
inflamatório e com diferenças no perfil de microbiota do trato gastrointestinal.
Os autores deste estudo concluem que novos ensaios clínicos e experimentais
voltados à compreensão do eixo cérebro-intestino são necessários, podendo
fornecer novas abordagens para a prevenção e tratamento de doenças mentais, como
a ansiedade e depressão.
Referência
bibliográfica:
FOSTER, J.A.; NEUFELD, K.M. Gut-brain axis: how the microbiome
influences anxiety and depression. Trends Neurosci; 2013.
retirado do site: vponline.com.br
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Micronutrientes importantes para Tireóide
Alguns nutrientes da dieta são fundamentais para o bom funcionamento da glândula tireóide. Enquanto outros alimentos podem prejudicar o seu funcionamento, por isso, buscar uma orientação individualizada é extremamente importante!
No texto abaixo são citados alguns nutrientes que ajudam na conversão dos hormônios tiroidianos, além da produção do TSH pela hipófise. São eles, iodo, zinco, ferro, selênio, vit A.
Melhores fontes de Iodo: algas marinhas, sal iodado ou sal marinho, peixes, latícinios.
Melhores fontes de Zinco: alimentos proteicos (carnes de boi, porco, frango, salmão), amendoim, batata, grão de bico, semente de abóbora.
Melhores fontes de Ferro: gema de ovo, feijão, lentilha, beterraba, folhas verde escuras.
Melhores fontes de Selênio: castanha-do-pará, salmão, farelo de trigo, semente de abóbora.
Melhores fontes de Vitamina A: óleo de fígado de bacalhau, ovos, batata doce, cenoura, abóbora, damasco, folhas verde escuras.
"Os micronutrientes, principalmente iodo e selênio, além de ferro, zinco e vitamina A são necessários para o funcionamento adequado da glândula tireoide.
A glândula tireoide secreta dois hormônios que regulam o metabolismo corporal, a tiroxina (T4), um pró-hormônio, e a triiodotironina (T3), considerado o hormônio biologicamente ativo. Ela também secreta a calcitonina, um hormônio importante na homeostase do cálcio. A ausência da secreção dos hormônios da tireoide deixa o metabolismo basal cerca de 40 a 50% abaixo do normal, enquanto que o excesso de secreção deixa o metabolismo de 60 a 100% acima do normal. A secreção da tireoide é controlada principalmente pelo hormônio tireoestimulante (TSH), que é secretado pela hipófise. A glândula tireoide capta ativamente o iodo ingerido por meio da dieta, para sintetizar os hormônios T4 e T3. Por essa razão, o iodo é um componente essencial dos hormônios da tiroide e a sua deficiência causa distúrbios que incluem o bócio, retardo mental, anormalidades do crescimento e desenvolvimento em crianças. O selênio também é essencial para o funcionamento da tireoide por ser componente de três enzimas selênio-dependentes (selenoproteínas), conhecidas como desiodases, que são responsáveis pela conversão do pró-hormônio T4 em T3. Além disso, o selênio também pode ser encontrado na forma de selenocisteína no centro catalítico de enzimas que protegem a tiróide de danos causados por radicais livres. Estudos têm demonstrado que a deficiência de ferro prejudica o metabolismo da tireoide, por diminuir as concentrações plasmáticas totais de T4 e T3, e reduzir a conversão de T4 em T3. Outras pesquisas têm verificado que o zinco também é importante para a homeostase da tireoide. Entretanto, o papel do zinco nessa regulação é complexo e pode incluir efeitos sobre a síntese e modo de ação dos hormônios tireoidianos. A vitamina A, por sua vez, modula o metabolismo da glândula tireoide, por influenciar a produção de TSH pela hipófise. Têm sido descrito que a deficiência de vitamina A pode causar hipertrofia da tireoide e reduzir a captação de iodo pela tireoide, prejudicando a síntese de T4 e T3".
texto retirado do site: nutritotal.com.br
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