Quem sou eu

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*Graduada em Nutrição, Araçatuba 2007. Especialista em Nutrição Funcional (VP São Paulo, 2010), Nutrição Ortomolecular (FAPES, São Paulo 2012) e Fitoterapia Funcional (VP Campinas, 2014). Participação ativa em Congressos e Cursos da área Funcional. *Atendimento em consultório desde 2008. Clínica Portinari - 18 3305-5838

domingo, 29 de janeiro de 2012

DEPOIMENTO CAROL!!!



Este ano vou postar alguns depoimentos de pacientes que estão fazendo acompanhanto comigo e que obtiveram resultados positivos graças a muuuuita disciplina e determinação!!!

Perder peso de maneira saudável, respeitando a individualidade bioquímica e melhorando todos os sintomas não é uma tarefa fácil, mas como digo sempre "os benefícios superam as dificuldades"

Inicio os depoimentos com a Carol, que quando me procurou não comia nada de legumes e verduras, tinha inúmeros sintomas e hoje além de ter perdido mtooo peso (muito mais gordura que massa múscular) não tem mais os sintomas apresentados inicialmente além de ter prazer em comer os vegetais!


Ana Carolina Crespo Ferreira, Enfermeira, 29 anos.

"Comecei a fazer a dieta funcional há 3 meses e o que pude notar de diferente das outras dietas, é que além de emagrecer, acontecem outros benefícios na nossa saúde, entre eles melhora do funcionamento intestinal.
Depois que comecei a dieta, o funcionamento do meu intestino melhorou, a minha pele está menos oleosa, as rachaduras dos meus pés estão melhorando, o inchaço das pernas diminui e os sintomas da TPM diminuíram significativamente.
Além disso, eu aprendi a comer alimentos, principalmente verduras e legumes, que antes não comia e estou apreciando isso.
Já fiz várias dietas restritivas, emagrecia e depois engordava novamente. Mas pela primeira vez estou aprendendo a trocar alimento que me faziam mal por alimentos saudáveis e que farão parte da minha dieta para sempre.
E o mais importante é que você não passa fome, pois os lanches com as frutas nos intervalos entre as refeições ajudam a saciar.
Vale apena optar pela dieta funcional pelo bem estar e benefícios a saúde que ela proporciona".


Carol, obrigada pelo depoimento!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

DEPRESSÃO E ALERGIAS




Recentemente a revista Saúde publicou uma reportagem abordando a relação entre alergias e depressão. Segundo a reportagem, as crises alérgicas funcionam como importantes gatilhos para os transtornos emocionais em pessoas predispostas.

De acordo com a matéria, estudos demonstram uma maior prevalência de alergias, principalmente do trato respiratório, em pessoas com depressão ou transtorno bipolar. Estes estudos sugerem que durante os períodos de crise alérgica, há uma piora no estado de humor e que o tratamento das alergias pode impedir as crises depressivas. O que a revista deixou de mencionar é que as alergias alimentares também apresentam uma relação estreita com transtornos do sistema nervoso central (SNC), podendo agravar ou mesmo desencadear o problema.

As alergias alimentares relacionadas a transtornos no SNC ocorrem, normalmente, porque alguns alimentos contêm proteínas de difícil digestão. Após ingerirmos esses alimentos, essas proteínas mal digeridas chegam ao intestino e podem escapar para a corrente sanguínea. E é aí que começa a “guerra”! Essas moléculas mal digeridas são entendidas pelo nosso organismo como um “agressor”. Nosso corpo começa, então, a atacar este “agressor”, causando inflamação e muitas vezes danos em órgãos e tecidos.

Para piorar esta guerra, algumas dessas moléculas mal digeridas são muito parecidas com células do nosso próprio corpo. Durante esta batalha, nosso organismo pode se confundir e atacar as nossas próprias células. Caso este processo ocorra no sistema nervoso central, por exemplo, pode levar a sintomas de depressão, transtornos de humor, hiperatividade, ansiedade, déficit de atenção, enxaqueca, esquizofrenia, entre outros.

Como se não bastasse isso, esses alimentos alergênicos acabam “irritando” o intestino e dificultando a absorção de diversos nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Esta má absorção intestinal pode diminuir a produção dos neurotransmissores (como a serotonina, por exemplo), já que a produção dos mesmos depende de diversos nutrientes vindos da alimentação.

Diversos estudos comprovam a elevada incidência de alergias em pessoas que apresentam transtornos neurológicos. Alguns chegam a encontrar uma prevalência de até 100% de alergias nesses indivíduos. Algumas pesquisas também demonstram melhoras de sintomas como depressão, esquizofrenia, hiperatividade, ansiedade, dificuldade de concentração e confusão mental após a retirada de alimentos alergênicos da dieta. De acordo com esses estudos, os alimentos frequentemente relacionados a esses sintomas são os que contém glúten (trigo, cevada, centeio, aveia), laticínios, clara de ovo, açúcar, chocolate e frutas cítricas. Tomate e alguns corantes e conservantes (como o ácido benzoico) também podem estar relacionados, porém, com menor frequência.

Dentre os alimentos citados, o glúten e os laticínios parecem ser os de maior influência neste processo. Além do alto potencial alergênico, esses alimentos geram substâncias que possuem efeito opioide. Essas substâncias, conhecidas como caseomorfina e gluteomorfina, interferem na atividade dos neurotransmissores no cérebro, agravando ainda mais os distúrbios neurológicos.

Algumas pesquisas também demonstram que o glúten pode prejudicar a circulação, diminuindo o fluxo sanguíneo para o cérebro. Com menos sangue circulando em nosso cérebro, é como se estivéssemos “ligados” em uma voltagem menor. Isto pode desencadear apatia, letargia, dificuldade de aprendizado e concentração ou até mesmo agravar transtornos de humor importantes, como os já citados.

Mas não espere que ao ingerir estes alimentos, os sintomas apareçam imediatamente. Este tipo de alergia, conhecida como alergia tardia, pode desencadear sintomas até 4 dias após a ingestão do alimento, o que dificulta ainda mais a identificação dos “culpados”. Além disso, as reações podem variar de acordo com a individualidade de cada um. Assim, é essencial procurar um profissional capacitado a fim de auxiliar no diagnóstico e tratamento dessas alergias, que poderá identificar com precisão qual ou quais são os alimentos alergênicos para cada indivíduo.

Não se surpreenda, portanto, se daqui a alguns anos, o tratamento nutricional fizer parte da terapêutica para depressão e outras desordens neurológicas. Como visto, alimentação e emoção têm tudo a ver!

* Texto elaborado pela Dra. Gisele Pagliarini Silva, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Alergia Alimentar Tardia: Revisão de uma Realidade pouco Conhecida

Resumo do artigo da Revista Brasileira de Nutrição Funcional
Ano 12 - Edição nº 50 - Setembro de 2011

Gabriel Piccinini de Carvalho e Lisandra Greici Orlandin

O alimento é provavelmente a maior carga antigênica à qual um indivíduo está exposto ao longo da vida. Na prática clínica observa-se grande número de indivíduos que apresentam melhora em sintomas crônicos após a eliminação de alimentos específicos da dieta habitual.

As hipersensibilidades alimentares incluem qualquer reação anormal resultante da ingestão de um alimento. As alergias alimentares ocorrem de duas formas diferentes: reações fixas, imediatas e anafiláticas ou reações cíclicas, tardias e crônicas. As alergias alimentares tardias ocorrem com significativa freqüência, mas seguem insuspeitas devido à natureza tardia de sua manifestação clínica, não sendo corretamente diagnosticada e tratada. As hipersensibilidades alimentares aparecem em indivíduos geneticamente predispostos quando a tolerância oral cede ou falha em seu desenvolvimento normal.

Há duas principais hipóteses que podem explicar as manifestações locais e sistêmicas das alergias alimentares: Hipótese da absorção-deposição e Hipótese da resposta imune.

Diversas patologias de diferentes sistemas estão associadas com as hipersensibilidades alimentares: doença do refluxo esofágico em lactentes após a introdução do leite de vaca; Constipação intestinal crônica; Síndrome de enterocolite induzida por proteína alimentar; Síndrome do Intestino Irritável; urticária aguda; angioedema; dermatite herpetiforme; tosse; rouquidão; secreção na garganta; congestão nasal; asma; cefaléia sinusal; distúrbios de ansiedade e síndrome do pânico. Esclerose múltipla, diabetes mellitus tipo 1 (auto-imune), artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico são doenças com envolvimento de auto-imunidade e, parecem estar associados à reação contra antígenos alimentares.

O diagnóstico da alergia alimentar fundamenta-se em três pontos: Suspeita diagnóstica de acordo com as manifestações clínicas; realização da dieta de eliminação dos alimentos suspeitos com desaparecimento das manifestações clínicas; teste de desencadeamento positivo.

Na dieta de eliminação, os alimentos suspeitos são eliminados por duas semanas, ou até que os sintomas desapareçam. Caso isso não ocorra, dietas mais restritivas podem ser implementadas. Os alimentos a serem eliminados são aqueles que comumente apresentam maior incidência de reações alimentares tardias. Todos os alimentos são eliminados de forma simultânea, por um período mínimo de 30 dias e, que via de regra, não necessita ser superior a 60 dias. Após o período de eliminação, deve-se realizar novo exame físico e clínico, para então se iniciar a reintrodução dos alimentos. Os alimentos podem ser reintroduzidos em grupos ou individualmente, sendo que cada um deve ser consumido pelo menos três vezes no mesmo dia, seguido por um período de três dias de exclusão, observando a ocorrência de sinais e sintomas.

A difusão do conhecimento da alergia alimentar tardia, e suas conseqüências, entre os profissionais de saúde e a população torna-se, por sua relevância, missão dos nutricionistas.

Nutrição Funcional no Transtorno do Pânico

Resumo do artigo da Revista Brasileira de Nutrição Funcional
Ano 12 - Edição nº 50 - Setembro de 2011


As principais descrições do quadro nosológico, hoje classificado como transtorno do pânico, datam do século XIX. Atualmente, cerca de um em cada quatro adultos americanos são diagnosticados com uma doença mental, que corresponde a aproximadamente 58 milhões de pessoas afetadas. Um papel potencial nas mudanças do estilo de vida para a prevenção de problemas de saúde mental foi reconhecido no que diz respeito aos hábitos alimentares e ingestão de líquidos reduzindo o consumo habitual de substâncias usuais, como a cafeína, álcool e nicotina, aumento do exercício e redução do estresse no trabalho. Estudiosos apontam como possíveis fatores relacionados aos transtornos mentais o estresse oxidativo, as alergias alimentares, deficiências nutricionais, principalmente de magnésio, folato, cromo, vitamina B6, vitamina D, vitamina B12, inositol, aminoácidos e ácidos graxos essenciais, o que indica que a exposição a alimentos com propriedades antioxidantes e a inclusão de nutrientes e fitoterápicos que modulam as funções cerebrais são responsáveis pela melhora do quadro clínico.

Dra. Juliana Geraix (nutricionista)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Quais as evidências do ácido graxo ômega-3 nos déficits neurológicos?





As evidências do uso do ácido graxo ômega-3 em transtornos mentais e psiquiátricos são relativamente recentes, mas mostram-se benéficas e promissoras.

Transtornos mentais são importantes causas de disfunção neurológica no mundo todo, afetando desproporcionalmente mulheres, crianças e adolescentes. Com o objetivo de elucidar as possíveis causas e consequências de doenças mentais, pesquisadores começaram a estudar o papel da nutrição na saúde mental. Evidências indicam que os ácidos graxos essenciais, como os da família do ômega-3, apresentam papel fundamental na prevenção e tratamento de diversos transtornos mentais e neurológicos (1,2).

Ácidos graxos ômega-3 são essenciais durante todo o ciclo da vida para o desenvolvimento e funcionamento normal do cérebro. O tecido cerebral é predominantemente composto de lipídeos, incluindo os saturados, monoinsaturados e poli-insaturados. Dentre os ácidos graxos poli-insaturados, o ômega-3 corresponde por cerca de 10 a 20% do total da composição de ácidos graxos no cérebro (1), pois são componentes estruturais fundamentais das membranas de neurônios e também estão envolvidos na bioquímica do desenvolvimento e processos cerebrais e neuronais do sistema nervoso central (3).

Apesar da importância do ômega-3 já estar evidenciada na literatura científica, o consumo de ômega-3 pela população geral, incluindo crianças e adolescentes, é frequentemente inadequado. Evidências sugerem que a deficiência de ômega-3 pode estar associada com diversos problemas de comportamento, desordens neurológicas e psiquiátricas, como por exemplo, déficit de atenção, dislexia, autismo, transtornos bipolares, esquizofrenia e depressão.

Revisão sistemática verificou que a suplementação com ômega-3 em crianças com transtornos de déficit de atenção e hiperatividade é benéfica na melhora dos sintomas gerais, porém modesta (4). Em crianças autistas, resultados premiliminares demonstram que a suplementação com ômega-3 melhora a habilidade motora e cognitiva, sociabilidade, contato visual e concentração, além de reduzir a agressividade, irritabilidade e hiperatividade (5-7).









Referência (s)

1. McNamara RK, Carlson SE. Role of omega-3 fatty acids in brain development and function: potential implications for the pathogenesis and prevention of psychopathology. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids. 2006;75(4-5):329-49.

2. Ramakrishnan U, Imhoff-Kunsch B, DiGirolamo AM. Role of docosahexaenoic acid in maternal and child mental health. Am J Clin Nutr 2009;89(suppl):958S–62S.

3. Schuchardt JP, Huss M, Stauss-Grabo M, Hahn A. Significance of long-chain polyunsaturated fatty acids (PUFAs) for the development and behaviour of children. Eur J Pediatr. 2010;169(2):149-64.

4. Bloch MH, Qawasmi A. Omega-3 Fatty Acid supplementation for the treatment of children with attention-deficit/hyperactivity disorder symptomatology: systematic review and meta-analysis. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2011;50(10):991-1000.

5. Amminger GP, Berger GE, Schafer MR, Klier C, Friedrich MH, Feucht M. Omega-3 fatty acids supplementation in children with autism: A double-blind randomized, placebo-controlled pilot study. Biological Psychiatry. 2007;61:551-3.

6. Bell JG, MacKinlay EE, Dick JR, MacDonald DJ, Boyle RM, Glen AC. Essential fatty acids and phospholipase A2 in autistic spectrum disorders. Prostaglandins Leukot and Essent Fatty Acids. 2004;71:201-4.

7. Bent S, Bertoglio K, Ashwood P, Bostrom A, Hendren RL. A pilot randomized controlled trial of omega-3 fatty acids for autism spectrum disorder. J Autism Dev Disord. 2011;41(5):545-54.


fonte: nutritotal.com.br

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O poder do Mirtilo



Você pode nunca ter ouvido falar em Mirtilo, mas com certeza conhece a blueberry, uma frutinha deliciosa nativa da Europa e Estados Unidos. Cada vez mais estudado em pesquisas científicas, o Mirtilo vem ganhando atenção principalmente pelo seu alto teor de antioxidantes como os flavonóides, antocianinas e resvetratol.

Antioxidantes são essenciais para otimizar a saúde, ajudando a controlar os radicais livres que podem promover o envelhecimento precoce e o aparecimento de diversas doenças.

Diante dos vários estudos feitos, um dos benefícios apontados foi a atuação dos antioxidantes da blueberry no cérebro. Além de apresentar uma animadora melhoria na memória, a frutinha pode abrandar ou adiar o aparecimento de outros problemas cognitivos associados ao envelhecimento.

Um de seus antioxidantes, o resvetratol, previne também processos oxidativos que formam a placa de gordura no sangue. Sendo assim, o Mirtilo pode ser apontado como um grande colaborador da saúde cardiovascular. Pois, além da ação antioxidante, a ingestão de blueberry mantém a pressão arterial saudável e reduz o colesterol total no sangue.

E não é só isso. Assim como todas as “berries”, o Mirtilo tem baixo índice glicêmico, tendo um impacto favorável na regulação de açúcar sanguíneo.

Fora seus maravilhosos antioxidantes, o Mirtilo é rico em nutrientes como vitaminas C, A, E e Complexo B e fonte de diversos minerais como potássio, manganês, cobre, ferro e zinco.

Ficou com vontade de acrescentar o Mirtilo à sua dieta? Então, dê preferência para os orgânicos. Como não são tão fáceis assim de achar, as blueberries podem ser congeladas (sem causar danos ao seu poder antioxidantes!) e então, consumidas durante todo o ano.

texto escrito por Fernanda Vaz, retirado do site: http://patriciadavidson.com.br

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Oleaginosas, inflamação e resistência à insulina




Texto retirado do site: http://www.diabetes.org.br

Artigo comentado: Nuts, inflammation and insulin resistance. Asia Pacific Journal of Clinical Nutrition 2010, 19: 124-130

O artigo intitulado “Oleaginosas, inflamação e resistência à insulina” foi publicado no periódico Asia Pacific Journal of Clinical Nutrition (2010, 19: 124-130) por Casas-Agustench e colaboradores. Trata-se de uma revisão da literatura de estudos epidemiológicos e clínicos que avaliaram os efeitos do consumo de oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, etc.) sobre o processo inflamatório e a resistência à insulina.

Os níveis circulantes de marcadores inflamatórios, como TNF-alfa, proteína C reativa, IL-6, foram relacionados à resistência a insulina e identificados como preditores de diabetes tipo 2. De maneira interessante, estudos epidemiológicos e clínicos demonstraram efeitos benéficos do consumo de oleaginosas sobre os lipídeos e lipoproteínas plasmáticas. Adicionalmente, há relatos de uma relação inversamente proporcional entre o consumo de oleaginosas e os níveis circulantes de mediadores inflamatórios, e diretamente proporcional à concentração de adiponectina, uma adipocina inti-inflamatória. Mais recentemente, pesquisadores relacionaram o consumo de oleaginosas à diminuição do processo inflamatório, melhora da função endotelial e menor risco de resistência à insulina.

Dentre os componentes das oleaginosas, magnésio, fibras solúveis e insolúveis, ácido graxo alfa-linolênico, L-arginina e antioxidantes podem proteger contra a inflamação e/ou resistência à insulina.

Neste sentido, baixa ingestão alimentar de magnésio e baixa concentração sérica de magnésio foram associadas à resistência a insulina e ao diabetes tipo 2. As fibras, além de diminuem a glicemia pós-prandial, produzem ácidos graxos de cadeia curta produzidos por fermentação no trato gastrointestinal, contribuindo para diminuir a inflamação. O ácido graxo alfa-linolênico é o precursor da família de ácidos graxos ômega 3, os quais possuem atividade anti-inflamatória. Neste sentido, de maneira interessante, um estudo recente publicado no periódico Cell (2010, 142:687-98) demonstrou a capacidade dos ácidos graxos ômega 3 em inibir a inflamação e aumentar a sensibilidade à insulina. A L-arginina, por sua vez, é precursora de óxido nítrico e pode ter efeitos benéficos na vasomoção dependente do endotélio. Finalmente, as oleaginosas contêm antioxidantes como flavonóides, polifenóis, tocoferóis que podem modular a inflamação e a via de transdução do sinal do NFkB.

Ainda que muitos dos estudos tenham encontrado efeitos benéficos do consumo de oleaginosas sobre a inflamação e a resistência à insulina, outros não observaram nenhum efeito. De maneira importante, até o momento nenhum efeito deletério do consumo de oleaginosas sobre a homeostase glicêmica foi relatado.

Tendo em vista a capacidade de componentes nutricionais das oleaginosas em modularem a inflamação, os autores sugerem que o consumo regular de oleaginosas associado ao estilo de vida saudável possa proteger contra as conseqüências da inflamação, tais como resistência à insulina e diabetes tipo 2.



MS Juliane Costa Silva Zemdegs
Doutoranda em Fisiologia da Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo